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Bernhard Gobmeier: “A F1 esta seguindo por caminhos perigosos”.

Os rumores que ligam o grupo Wolkswagen à Fórmula 1 são tão velhos que já ninguém se consegue lembrar de quando começaram. Marcas como a Porsche, Audi, Bugatti, Lamborghini, Bentley e a própria Wolkswagen já foram associadas à competição, mas nunca se cumpriu. Em 2012, Wolfgang Durheimer, líder da Bentley, Bugatti e da parte esportiva do Grupo Wolkswagen disse que a entrada na F1 era fundamental para aumentar as vendas na Ásia, no Médio Oriente e nos Estados Unidos.

A Red Bull já pediu a entrada do Grupo na F1 para fornecerem motores à equipe. O que chegou a ser pensado até ao escândalo das emissões de gases poluentes (Caso Dieselgate). Representantes do Grupo VW também têm estado presentes na discussão dos novos motores para 2021, mas a entrada da Audi e Porsche na Fórmula E pode significar que a entrada na F1 não está prevista a curto prazo.

Bernhard Gobmeier, diretor do Grupo, acredita que a F1 esta indo por caminhos perigosos: “A Fórmula 1 esta seguindo por caminhos perigosos. É muito cara. A maioria das equipes, tirando as quatro grandes, vivem problemas financeiros. As pistas não conseguem pagar o que eles pedem. Estão seguindo um caminho perigoso, na minha opinião. Vemos isto em todos os lados. A Mercedes tem mais de 1500 pessoas trabalhando no projeto da F1, sem considerar os fornecedores, por isso deve passar os 2000 trabalhadores nos dois carros. Devemos considerar quanto devem pagar em salários na Inglaterra e nos custos do material. Nos Estados Unidos, eles devem controlar os custos, já perceberam isto. Na Europa, existem muitas categorias, algumas controlam bem os custos, mas outras como a F1 e a WEC não”, disse.

Além dos custos, Gobmeier, antigo responsável da Ducati, no MotoGP, acredita que o automobilismo não esta dando o espetáculo suficiente, o que afeta as equipes, no que toca a patrocínios: “O número de patrocinadores esta diminuir. Os grandes patrocinadores, como as marcas de tabaco, já não podem patrocinar. Os mais pequenos também estão diminuindo. O número de patrocinadores, no geral, esta em queda, tal como o número de espetadores. Ao mesmo tempo, os custos aumentam, o que significa que algo está mal. É urgente fazer das corridas um espetáculo maior e melhor. A MotoGP esta acima da F1, do ponto de vista do espetáculo, é cem vezes melhor, não há comparação”.

“A MotoGP, as suas corridas de apoio e o Mundial de Superbikes são muito melhores que a F1. Teoricamente, a MotoGP tem potencial para capitalizar comercialmente a sua popularidade. E eles o fazem muito bem. Temos a Ducati no nosso grupo e conseguimos ver as diferenças de patrocínios. Ducati esta conseguindo o maior patrocínio. Mesmo a Porsche, Bentley e a Audi não conseguem alcançar patrocínios tão grandes. A Ducati é especial e comparada à Ferrari e os patrocinadores ficam valorizados. Eles fazem uma boa ativação nas corridas, tanto em termos de media, hospitalidade, programas, entre outros. As empresas do ramo automotivo não são tão boas nisso”, acrescentou o responsável do Grupo VW.

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