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Mercado Europeu – Segundo a ACEA as vendas de veículos para o ano de 2020 deve ter uma queda de 2%.

A Associação Europeia dos Construtores Automóveis (ACEA) acredita que 2020 será um ano de recuo nas vendas de automóveis novos no Velho Continente.

Esta previsão da ACEA de um recuo de 2% nas vendas em 2020 é a primeira previsão negativa da associação em sete anos, deixando no ar a preocupação que tempos muitos difíceis estão a caminho e que o tempo das vacas gordas já passou.

 

O mercado europeu acabou positivo em 2019, com um crescimento de 1,2% depois de um mês de dezembro que assistiu à antecipação de vendas devido à entrada em vigor de limites mais apertados de emissões no Velho Continente. Por outro lado, as montadoras quiseram se ver livres do estoque de carros mais poluentes, juntando assim, “a fome com a vontade de comer”.

A ACEA, pela palavra do seu presidente, Michael Manley, refere que “um dos maiores problemas para a mudança no setor é encarar as preocupações ambientais. As boas notícias é que a neutralidade carbônica é possível no setor automotivo e dos transportes.” Para isso, os reguladores têm de desenhar políticas que reforcem a competitividade global da indústria e mantenham a mobilidade e o transporte rodoviário acessível a todos.

 

Para Manley, “ao mesmo tempo que a nossa indústria faz investimentos massivos nos veículos zero emissões, o mercado começa a contrair, não só na União Europeia, mas globalmente, pelo que a transição para a neutralidade carbônica precisa de ser muito bem gerida pelos políticos.”

 

O problema para a indústria automotiva não reside infelizmente, apenas nas vendas à mingua ou na neutralidade carbônica ou ainda nas draconianas regras de emissões na Europa. Depois destes ventos contrários, ainda apanham com “rajadas” como as tensões comerciais entre China e EUA e a impossibilidade de alinhar todo o mundo num acordo comercial, para lá das dificuldades com as divisas.

 

Portanto, a mobilidade elétrica é o oásis onde as montadoras querem se agarrar e começa a ser uma luz ao fundo do túnel o crescimento das vendas destes modelos. É a isto que as montadoras começam a se agarrar, mesmo desconhecendo se a tal luz é a esperança ou a luz de um comboio. A verdade é que as vendas de veículos elétricos continuam batendo recordes, com 2020 podendo ser o ano de maior crescimento, com uma previsão na casa de 32%. Porém, temos de perceber que o ponto de partida é mínimo e que a volúpia dos números ainda não representa volume.

 

Seja como for, será vital que a mobilidade elétrica seja bem sucedida e sobreviva no Velho Continente que, tomando a liderança mundial e sem muito cuidado para proteger um dos motores da sua indústria, decretou o limite de 95 gr/km de CO2 por carro para toda a gama de uma montadora.

 

Infelizmente, não será apenas a Europa que conhecerá um ano de 2020 complicado, pois a China, o maior mercado mundial, voltou a contrair em 2019 pelo segundo ano consecutivo e com perdas significativas de 18 e 19 por cento em novembro e dezembro. Ou seja, adivinha anos complicados para a indústria automotiva.

 

Enquanto isso no Brasil a ANFAVEA vai em linha contrária á Associação europeia, prevendo um crescimento de dois dígitos para o ano de 2020. Será que acontecerá isso no Brasil? Esperar para ver, mas em minha concepção se chegarmos ao mesmo patamar de 2019 devemos estar muito satisfeitos.

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