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Fórmula 1 – Os caminhos distintos que a Porsche e a Audi estão fazendo para entrar na categoria.

A entrada da Audi e da Porsche na Fórmula 1, em 2026, parece uma mera formalidade, mas segundo rumores no paddock, a forma como cada uma das marcas do Grupo Volkswagen abordará a categoria máxima divergirá bastante.

 

Com o regulamento alinhado com os desejos do conglomerado, o gigante de Ingolstadt e o de Zuffenhausen estão a um anúncio oficial da entrada na categoria máxima e vão surgindo alguns rumores sobre a forma como isso se concretizará.

 

Qualquer um dos construtores tem duas possibilidades para ingressar no mundo dos Grandes Prêmios; ou entrar como fornecedor de motores, como faz este ano a Honda, ou assumir como um concorrente de pleno direito, com acesso ao dinheiro do Acordo Concórdia, ou seja, a como equipe.

 

Segundo os rumores, a Audi e a Porsche seguirão caminhos diferentes, escolhendo a primeira adquirir uma equipe e a segunda a assumir o fornecimento de motores.

 

A grande questão será qual a formação que a marca de Ingolstadt irá comprar e a quem a de Zuffenhausen cederá as suas unidades de potência.

 

A situação da Porsche parece ser a mais simples de todas. A Red Bull e o Grupo Volkswagen têm uma longa relação e nas discussões para definir o regulamento de motores do próximo ciclo estiveram alinhadas politicamente, o que foi determinante para que alguns dos desejos dos alemães pudessem avançar contra a resistência da Ferrari, Renault e, sobretudo, Mercedes.

 

 

Além disso, como a Red Bull esta construindo e construindo um centro para a concepção e construção de unidades de potência de Fórmula 1, não se vê grande dificuldade em haver um entendimento e para que a curto trecho comecem a chegar a Milton Keynes engenheiros e técnicos oriundos do Grupo Volkswagen. Seria a recriação de um cocktail que tanto sucesso levou à Porsche nos anos 80, então com a McLaren.

 

Estes motores seriam usados pela Red Bull, que seria a equipe oficial do construtor alemão, sendo ainda cedidos à Audi para usar nos seus monopostos, onde seriam batizados com o nome da fábrica de Ingolstadt.

 

A marca de Ingolstadt esta empenhada em efetuar a compra de uma equipe, mas neste momento, são poucas as que estão disponíveis, uma vez que Ferrari, Mercedes, Alpine e Aston Martin não estão à venda por motivos óbvios e as estruturas da esfera da Red Bull também não.

 

Sobra a Haas, que tem ligações profundas com à Ferrari, a Sauber, que deverá cair nas mãos da Andretti Autosports, a McLaren e a Williams.

 

Estas duas últimas equipes têm à sua frente dois homens que conhecem bem o Grupo Volkswagen – Andreas Seidl liderou o projeto LMP1 da Porsche e Jost Capito foi o homem do leme da Volkswagen, quando dominou a cena do Campeonato do Mundo de Ralis.

 

Numa primeira análise, a McLaren, um construtor automóvel de pleno direito, parece ser uma possibilidade morta à nascença, mas desde que a pandemia da COVID-19 começou tem passado por dificuldades financeiras, tendo perdido uma parte do seu patrimônio.

 

A questão passa por saber se a sua estrutura acionista, liderada pela Mumtalakat Holding Company, que detém 56,4% das ações do McLaren Group, esta disposta de continuar a pagar as contas ou se verá numa oferta feita por um grande construtor uma forma de deixar o grupo de uma forma airosa e ainda com algum dinheiro em caixa.

 

O problema seria perceber o que seria feito com a McLaren Automotive, uma vez que a Audi já controla a Lamborghini, uma concorrente direta da marca de Woking.

 

Ganhar o controle da Williams seria bastante mais simples e mais barato. Neste caso, a Audi estaria comprando apenas uma equipe de Fórmula 1, sem construtores de automóveis associados, não tendo de encontrar uma solução, como seria o caso da McLaren.

 

No entanto, seria necessário realizar um investimento maior nas infraestruturas da equipe, que hoje não estão ao nível daquilo que as grandes equipes possuem. A ligação de Capito ao Grupo Volkswagen pode, porém, facilitar um contato maior que se traduza numa aproximação das duas entidades de modo que, em 2026 a Williams possa estar em posição de poder representar a Audi.

 

Não existe, portanto, um anúncio oficial, mas parece que tanto Porsche como Audi têm já os respectivos caminhos traçados para um ingresso na Fórmula 1.

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