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Coluna do Helinho – Os primeiros 32 pontos. E contando …

 

Falaí, gente boa, tudo bem?

Estou muito contente de estar aqui no VELOXTV para falar das coisas da Fórmula Indy. A ideia é estar aqui todas as quartas-feiras, mas essa semana publicamos a matéria em especial nesta sexta-feira(18-03) após cada etapa do 2016 Verizon IndyCar Series, que começou domingo passado em St. Petersburg. Então, já temos esse encontro marcado até o término da temporada.

E sobre essa corrida, vou ser honesto com vocês. Gostar, gostar eu não gostei, não. Essa foi a 11ª corrida que disputei em St. Petersburg (que fica na Flórida, pertinho de Tampa) e já fui ao pódio seis vezes, sendo três vitórias (2006, 2007 e 2012), dois 2º lugares (2000 e 2013) e mais um 3º lugar, esse em 2014). Então, chegar em 4º não foi propriamente um super resultado, mas não posso reclamar. Diante das circunstâncias e pelo fato de a corrida não ter sido nada fácil, sair de lá com 32 pontos é uma maneira bem positiva de começar esse meu 19º campeonato da Indy.

Quando a gente vê todos os pilotos da Penske andando bem, liderando a maior parte do tempo, fica com a impressão de que tudo está indo muito bem e nenhum problema está acontecendo. Acontece que a circunstâncias da prova são diferentes para cada um e tudo aquilo que a gente fez desde os treinos permite que a reação seja diferente para cada um. No meu caso, a gente fez um planejamento de corrida que no papel estava perfeito, mas não deu tão certo assim. E querem saber? Ainda bem que corrida de automóveis, pelo menos na Indy, não é uma ciência exata. Tudo acontece e praticamente o grid inteiro tem chances. Está aí o Conor Dally, que mesmo numa equipe pequena como a Dale Coyne, fez um trabalho belíssimo e liderou várias voltas.

 

Bom, o Roger e eu estudamos uma estratégia bem legal porque os tempos estavam muito próximos e, como vocês sabem, ultrapassar em St. Petersburg não é propriamente uma coisa fácil. Então, a ideia era largar com pneus macios, aqueles que tem a borda vermelha, e ir para cima de qualquer jeito. Não consegui assumir a ponta, mas fiquei em 2º lutando com o Simon Pagenaud, o meu team mate que foi para a liderança.

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Eu estava andando forte e meus tempos de volta eram bons, só que os pneus macios perderam eficiência depois de 10 voltas e eu fui perdendo posições até fazer o pit da 19ª volta em 6º. Coloquei o pneu duro e fui refazendo o caminho. Como caí para 14º com a parada, o negócio foi subindo devagarinho e já era 5º quando parei novamente, isso na volta 48.

 

Como eu já tinha usado os dois jogos de pneus, como manda o regulamento, faltando mais de meia corrida eu poderia escolher o pneu que eu quisesse. Foi aí que a gente tentou usar algo diferente. Como essa segunda parada foi em bandeira amarela, perdi pouco tempo. Então, de 5º voltei em 7º. Quando desse a relargada, eu com pneus macios ia definitivamente para o grupo da frente, mas aí a coisa complicou.

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Aquela vantagem que eu pretendia com o segundo jogo de pneus macios não aconteceu porque veio uma boa sequência de bandeiras amarelas, inclusive aquela do engavetamento, e tive de rodar nada menos do que 14 voltas sem usar todo o potencial do pneus. E por falar em engavetamento, escapei na sorte daquela confusão. Consegui passar o Ryan Hunter-Reay, por dentro, quase raspando no muro, e fui embora. Se eu tivesse ficado atrás dele, muito provavelmente teria sobrado alguma coisa para mim. Se vocês olharem as imagens, o Graham Rahal, que foi quem rodou depois do acidente com Carlos Munhoz, estava bem pertinho de mim antes de tudo acontecer.

 

Bom, para resumir, o pessoal da frente conseguiu retardar as paradas por causa das amarelas e, no final, os pneus macios do vencedor Juan Pablo Montoya, do Pagenaud (2º) e do Hunter-Reay, que me passou no finalzinho e me roubou o pódio, acabaram durando mais do que a gente imaginava. E teve ainda uma boa presença de retardatários no final da corrida que impediu a reação que pretendia. Então, como quase fui envolvido naquele acidente e pelo fato de ter visto a minha estratégia de pneus comprometida com a sequência de amarelas, acabou ficando bom o resultado.

Oriol Servia, of Spain, left, talks to Helio Castroneves, right, of Brazil, in the paddock before practice for the IndyCar Firestone Grand Prix of St. Petersburg auto race, Sunday, March 13, 2016, in St. Petersburg, Fla. Servia is driving the practice round for Will Power, of Australia, who is suffering from nausea and it's unknown if Power will compete in the race. (AP Photo/Luis M. Alvarez)

A super boa notícia desta quarta-feira é que o Will Power está bem. A gente levou um susto por causa dele. No sábado, depois de fazer a pole, ele saiu do carro se sentindo mal. Deu a impressão que teria sido alguma coisa que ele comeu, mas aí os médicos relacionaram com o acidente que ele sofreu nos treinos de sexta. Foi detectada uma concussão e o Oriol Serviá entrou no lugar dele nessa corrida. Aí ele fez uma bateria de exames, viraram o australiano de cabeça para baixo no setor de concussão da University of Miami e constaram que o gente boa está bem.

 

Bom, pessoal, é isso aí. Um forte abraço para todo mundo do Veloxtv e quem quiser entrar em contato comigo é só enviar sua mensagem para press@heliocastroneves.com.

Abraço grande e vamos que vamos! No dia 6 de abril eu volto para falar da corrida em Phoenix.

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