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Citroën C4 hatch sai de cena após cinco anos no Brasil

Últimas unidades do C4 hatch, fabricadas na Argentina, podem ser encontradas nas revendas. Modelo não terá sucessor direto

Citroën desistiu por ora do segmento de hatches médios (onde Ford Focus eVolkswagen Golf, por exemplo, atuam) no mercado brasileiro. O C4 Hatch, representante da montadora francesa na categoria, já não é mais produzido na fábrica de El Palomar, na Argentina, desde a última semana de julho, conforme contou ao iG a assessoria de imprensa da marca.

Citroën C4 Hatch foi lançado no mercado nacional em março de 2009 e, desde então, teve 47 mil unidades emplacadas. O fim da versão já era esperado porque o sedã da mesma geração saiu de cena com a chegada do C4 Lounge, mas a expectativa era de que o novo C4 hatch fosse lançado nesse meio tempo. Contudo, a fabricante diz que concentrará sua gama de hatches médios na linha DS, que tem o DS4 pelo preço de R$ 102.990, ou seja, valor bastante elevado quando comparado aos cobrados pelos modelos do segmento, na faixa dos R$ 75 mil.

A concorrência pesada que o sedã C4 Lounge enfrenta talvez tenha feito a marca francesa repensar sua estratégia – o hatch teve menos volume que ele. O grupo PSA passa por uma reformulação interna para voltar a dar lucro e, segundo sua nova estratégia, à Citroën caberá vender modelos com design diferenciado, além da linha DS. A Peugeot será a marca generalista, responsável pelos veículos de grande volume.

Motor potente

Atualmente, o modelo é oferecido em duas versões. A primeira é a Tendance, com motor 1.6 litro de até 113 cavalos de potência e 15,8 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco velocidades. O preço da variante de entrada é de R$ 51.490. Logo em seguida vem o Tendance, apenas com motor 2.0 litros de até 151 cv e 21,6 kgfm, com câmbio automático de quatro velocidades e preço de R$ 58.690.

Entretanto, o C4 Hatch já está em falta em algumas concessionárias. Algumas revendas possuem apenas o modelo de entrada, que é oferecido com descontos.

Despedidas precoces

A curta carreira do C4 hatch no mercado brasileiro não é exclusividade do modelo da Citroën. A concorrência acirrada tem feito outras vítimas. A Chery, por exemplo, matou dois modelos seus em curto espaço de tempo, os hatches S18 e Cielo, além da versão sedã desse último. Outro sedã, o Symbol, veio da Argentina em 2009 e durou até o ano passado apenas.

A Nissan também apostou na dupla Tiida hatch e sedã e acabou desistindo pouco tempo depois. Mas um dos casos mais emblemáticos é o do modelo Malibu, da Chevrolet. O sedã rival do Fusion durou apenas três anos em território brasileiro. O problema é ter chegado um tanto tarde e de ter nascido nos Estados Unidos, onde o custo de importação é proibitivo. Embora tenha mudado de geração, a GM preferiu suspender as vendas por não conseguir competir com outros rivais que pagam menos impostos. Com o aumento dos competidores, a tendência é que vejamos mais casos de modelos com despedidas precoces. É a regra do jogo.

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