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Avaliação da Semana – Renault Fluence GT um esportivo excelente para o dia a dia.

Caros amigos da Veloxtv, como foram de carnaval?

Essa semana falaremos do Renault Fluence GT, o sedã esportivo da marca francesa que combina equipamentos eletrônicos sofisticados e um motor forte sob medida.

Rodamos com a versão, que é a mais recheada e cara do modelo (R$ 82.090). Por fora, o Fluence GT é discreto nos adereços. Na dianteira, um spoiler embaixo do para-choque. Na lateral, saias da cor da carroceria. E, na traseira, um pequeno aerofólio acima da tampa do porta-malas e um extrator de ar na cor pretana parte de baixo. O “kit esportivo” é completado pelas rodas 205/55 R17 com desenho exclusivo feito para a versão.
Dificilmente alguém consegue reparar, em um primeiro olhar, que se trata do primeiro modelo à venda no país da divisão Renault Sport, responsável pelos carros esportivos da fabricantes vendidos na Europa.
A discrição continua no lado de dentro do Fluence GT. Porém, houve atenção aos detalhes para lembrar o comprador de que este é um GT. Os bancos dianteiros trazem abas pronunciadas para segurar os ocupantes, são forrados em couro, com bordas costuradas em vermelho e com o símbolo GT gravado nos apoios de cabeça. Assim que se abre a porta do sedã é possível ver a soleira com a inscrição Renault Sport. Os pedais também são esportivos, em alumínio e o quadro de instrumentos central é digital. O destaque vai para o grande marcador de rotações por minuto.

Motor Nervoso

O sobrenome de peso exigiu um tratamento cuidadoso com a parte mecânica do Fluence. Por isso, nada de fazer apenas algumas adaptações estéticas. A Renault mexeu também na alma do sedã. O motor escolhido foi o 2,0L; o mesmo utilizado no Duster vendido por aqui acrescido de turbo “twin scroll” e com alterações em pistões, bielas, virabrequim e brozinas, que foram reforçados.
 
Por conta da turbo alimentação o propulsor gira apenas a gasolina (no Duster ele é flex). A boa notícia é que a potencia máxima subiu de 142 cv para 180 cv. Já o torque máximo passou de 20,9 kgfm para 30,6 kgfm. Estes números dão ao Fluence GT o título de modelo com o maior torque de sua categoria à venda no país. À frente do Peugeot THP (24,5 kgfm) e do VW Jetta TSi (28,5 kgfm).
O resultado é disposição de sobra para arrancadas e ultrapassagens. O câmbio manual de seis marchas tem relação curta para as primeiras enquanto a última é longa, feita para economizar combustível. Já a suspensão privilegia o aumento da aderência em detrimento ao conforto, típico dos carros de competição. O Fluence GT instiga uma tocada mais esportiva. É divertido manejá-lo em uma estrada sinuosa.

Esportivo com tecnologia

O Renault GT é vendido sem opcionais. Por R$ 82.090, a versão topo de linha da marca no país vem equipada com seis air bags, controles de estabilidade (ESP) e de tração (ASR), freios a disco nas quatro rodas com ABS, distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e auxílio de frenagem de urgência.
Com relação à tecnologia, o destaque fica pela tela de cinco polegadas integrada ao painel com GPS. Porém, o equipamento não é touch screen. É preciso usar um estranho controle remoto para manejá-lo. Não é nada prático (imagina se um dia o controle for perdido?). Ar-condicionado bizone, CD player com bluethooth, teto solar elétrico, direção elétrica multifunção, acendimento automático dos faróis de xênon, com regulagem de altura e lavadores, também fazem parte do pacote.
Ou seja, mesmo que você não procure por um esportivo ou não tenha ficado impressionado com os números de desempenho, o Fluence GT vale a compra pelo ótimo pacote de equipamentos aliado a uma mecânica digna da divisão Renault Sport.

Interior com qualidade nos acabamentos

Muito se fala sobre o interior do Fluence ser mais confortável que de alguns de seus concorrentes, e durante os sete dias em que ficamos com o modelo, vimos que isso é realmente verdade. Não se trata de euforia exagerada de fã da marca.
É claro que os bancos da versão GT são um pouco mais firmes, e contam com apoios laterais bem mais pronunciados, tanto no encosto quanto no assento, mas ainda assim o Fluence GT consegue entregar conforto para quem quer dar apenas um passeio tranquilo pelas ruas da cidade em uma tarde de domingo.
Neste ponto começamos a ver uma boa mistura de qualidades no Fluence GT, onde temos um carro que é esportivo ao mesmo tempo em que é confortável e aconchegante. E é claro que nem precisamos dizer que o desempenho dos 180 cavalos e 30,5 kgfm de torque do Renault são bem mais empolgantes.
O painel do esportivo francês é macio em sua parte superior e o visual é bem cuidado em todas as áreas da cabine. Detalhes esportivos ficam evidentes nos bancos, alavanca de câmbio e volante, com costuras vermelhas. O volante, aliás, tem uma boa pegada, e o câmbio tem engates bons.
O sistema de refrigeração da cabine tem um detalhe interessante, que são os botões “soft” e “fast”, que permitem uma regulagem mais suave ou rápida para atingir a temperatura setada na função “auto”.

Comportamento e consumo na cidade

O Fluence GT é uma iniciativa louvável da marca francesa aqui no Brasil, em um segmento onde ninguém aposta em criar versões mais nervosas com motorização especial. E como versão especial que é, o Renault Fluence GT agrada e mostra que anda em um tom bem diferente de seus concorrentes mais civilizados.

Ele pode não impressionar tanto por ter “apenas” 180 cavalos de potência, número que já é quase alcançado por sedãs médios sem turbo por aí – i.e. Hyundai Elantra 2.0 Flex – mas a entrega de potência e torque de um carro turbo é algo totalmente diferente.

E outro ponto interessante é que temos 30,5 kgfm de torque, bem mais do que um motor 2.0 sem turbo é capaz de entregar. No uso urbano, ter esse torque adicional é muito interessante, mesmo que a potência não seja tão grande assim.

Os controles eletrônicos atrapalham um pouco nas acelerações, mas eles podem ser parcialmente desativados para uma condução mais agradável de vez em quando. E é claro que o Fluence GT não tem aquelas trocas de marcha rapidíssimas de modelos da Volkswagen com câmbio DSG, mas se você souber levar o carro corretamente, o desempenho fica perto.

O sedã é gostoso de dirigir na cidade, isso podemos afirmar, e ele ainda alia um bom desempenho forte com a praticidade e o conforto de um sedã médio. Consumo: registramos uma média de 9,8 km/l, andando com o ar-condicionado ligado. É um consumo normal e no mesmo nível de seus concorrentes diretos.

A suspensão do modelo é firme, mas não chega a ser dura. E os bancos são confortáveis, ajudando na filtragem das imperfeições e pancadas nas suspensões, fazendo com que elas não cheguem aos ocupantes.

 

Dirigibilidade na estrada e seu consumo médio

Na estrada o Renault agrada também. Suas acelerações são vigorosas, e o câmbio de seis marchas ajuda a encontrarmos o ponto de máxima potência em qualquer situação que seja, inclusive retomadas e ultrapassagens.

A estabilidade do Fluence GT é muito boa, até mesmo debaixo de chuva torrencial. Andando com ele nas estradas vimos que mesmo não tendo uma suspensão tão dura, ele agarra o asfalto nas curvas, até mesmo se percorridas em velocidades um pouco acima do recomendável.

É claro que o câmbio manual de seis marchas acaba sendo um item redutor de vendas do modelo, porque o consumidor de sedã médio muitas vezes quer conforto máximo, mas não é por isso que a condução na estrada fique desconfortável. O torque abundante faz com que possamos andar sempre em sexta marcha sem ter de reduzir.

O consumo foi adequado, de 17,5 km/l, um número excelente tendo em vista a performance do Fluence GT.

 

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Ficha técnica

Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.998 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo de válvulas no cabeçote, válvulas variável na admissão e turbocompressor. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.

Transmissão: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração.

Potência máxima: 180 cv a 5.500 rpm.

Aceleração 0-100 km/h: 8,0 segundos.

Velocidade máxima: 220 km/h.

Torque máximo: 30,6 e kgfm a 2.250 rpm.

Diâmetro e curso: 82,7 mm X 93,0 mm. Taxa de compressão: 9,5:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com braço inferior triangular, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos. Traseira por barra de torção – eixo em “H” com deformação programada –, molas helicoidais, barra estabilizadora integrada e amortecedores hidráulicos telescópicos. Oferece controle de estabilidade.

Freios: Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira. Oferece ABS com EBD.

Pneus: 205/55 R17.

Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,64 metros de comprimento, 1,81 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,70 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina.

Peso: 1.341 kg.

Capacidade do porta-malas: 530 litros.

Tanque de combustível: 60 litros.

 

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