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Avaliação da Semana – Andamos com o T-Cross 200 TSI, o Crossover 1.0 que abalou o mercado.

Caros amigos e internautas que acompanham os nossos trabalhos, nesta semana falaremos das impressões que tivemos ao andar com o Crossover da Volkswagen que esta abalando o mercado; rodeado de tecnologia, segurança, conforto e design.

 

O T-Cross 200 TSI tem o desempenho e a eficiência esperada para um crossover de seu porte e missão, que é a de ser um intermediário entre os compactos comuns.

 

Na versão Comfortline, o T-Cross 200 TSI apresenta seu pacote mais completo, tendo preço sugerido de R$ 99.990. É um preço bem alto, mas atualmente a maioria dos utilitários esportivos de mesma proposta circula nessa mesma faixa de preço e, em alguns casos, com desempenho inferior.

 

A cereja do bolo, nesse caso do T-Cross 200 TSI é o motor 1.0 TSI de até 128 cavalos, dimensionado perfeitamente para atender as necessidades deste pequeno SUV compacto, que agora começa a ser distribuído no mercado nacional.

Exterior

O Volkswagen T-Cross é um SUV que parece maior do que realmente é. Com a mesma largura de um Polo, ele é mais altinho e volumoso, tendo um desenho geral bem equilibrado, chamando ainda atenção para seu entre-eixos generoso, os mesmos 2,65 m do Virtus.

A frente alta tem uma aparência robusta, especialmente em relação ao para-choque. Este chama atenção pelos faróis de neblina com LEDs diurnos, sempre acesos com a partida ligada. As grossas colunas C reforçam a aparência robusta, enquanto as lanternas em LED unidas dão um ar de certa forma sofisticado ao produto.

 

Outro ponto de destaque do T-Cross são as rodas aro 17 polegadas com acabamento cinza. No teto, barras longitudinais e antena simples. Proteções plásticas nas saias de rodas e base das laterais completam o bom conjunto exterior.

Interior

O ambiente do T-Cross nessa versão Comfortline com pacote Design View (R$ 1.950) adiciona um visual mais elaborado com bancos em couro e cor marrom. No entanto, a opção de acabamento branco visto anteriormente no lançamento, parece melhor. Ainda assim, não é ruim.

 

Como já visto o T-Cross; assim como Polo e Virtus;  apostam numa estratégia de concentrar atenção na tecnologia de bordo em contraste com o acabamento bem simplificado, que é motivo de reclamações de muitos. Se no 200 TSI manual o habitáculo é muito simples, neste não fica muito longe.

 

Textura diferenciada no painel, assim como a tonalidade marrom destacada neste, no console e nas portas dianteiras, ajuda a camuflar o baixo custo e a profusão de plásticos duros no restante do ambiente. Infelizmente isso é visto até no Novo Jetta, onde a impressão é ainda mais gritante.

 

Se não tem Active Info Display, pelo menos dispõe da multimídia Discover Media, que com o pacote Exclusive & Interactive (R$ 3.950), vem até com navegador nativo. Obviamente, os melhores são os apps Waze e Google Maps, através do Android Auto ou Car Play.

O ar-condicionado automático é bom, mas um dual zone compensaria mais o preço.

Diferente de alguns, no entanto, o T-Cross 200 TSI tem difusores de ar na traseira (apenas no automático), dando mais conforto aos ocupantes, que já desfrutam de bom espaço para as pernas, uma contribuição da base longa.

 

O banco traseiro tem inclinação apenas boa, mas fica pior com o ajuste para se conseguir 420 litros no bagageiro (são 373 regularmente) e ainda não se pode usar Isofix no caso da cadeirinha.

Na frente, a posição de dirigir é correta e com múltiplos ajustes, assim como os bancos apresentam conforto condizente. O T-Cross 200 TSI Comfortline tem um aspecto interno adequado, embora falte mais atenção por conta da enorme quantidade de superfícies duras e opacas.

Viagens e Cidade

Se o T-Cross 250 TSI tem mais tempero, o 200 TSI é a medida acertada. Não que um propulsor maior e mais potente seja ruim, porém, o comportamento do crossover não é o ideal naquele conjunto. Contudo, neste Comfortline, as respostas são mais equilibradas e esperadas.

O pequeno propulsor EA211 de três cilindros com turbo compressor e injeção direta se mostra bem-casado com o câmbio automático Tiptronic de seis marchas, mas poderia este ser um DSG de dupla embreagem, evitando trancos indesejáveis e com respostas muito mais ágeis.

 

Como essa é a realidade, então o negócio é se conformar e aproveitar o que se oferece. Com 116 cavalos na gasolina e 128 cavalos no etanol, ambos a 5.500 rpm, o T-Cross 200 TSI Comfortline atua bem acima de 1.500 rpm, atendendo bem aos comandos do motorista.

É possível subir de giro rapidamente e chegar aos 6.500 rpm com facilidade, mas o uso mais adequado é na faixa dos 2.000 rpm, onde ele se encontra mais à vontade. Com o pacote Exclusive & Interactive, vem o seletor de modos de condução, um bom adicional para este SUV turbinado.

 

Mesmo no modo Eco, o 1.0 TSI ainda exibe força suficiente para ser melhor que um aspirado 1.5 ou 1.6, por exemplo.
As respostas atenuadas para se obter menor consumo são suficientes para a condução no dia a dia, sem pretensões esportivas. O excelente torque de 20,4 kgfm a 2.000 rpm atende bem em regimes baixos.

 

No modo Normal, o T-Cross 200 TSI roda muito bem, sempre com energia disponível para retomadas bem espertas e ultrapassagens sem sofrimento. Mesmo com 1.252 kg, o pequenino 1.0 TSI parece sobrar a bordo do crossover.

Claro, ele não chegará perto do 250 TSI em performance, mas para o cliente dessa categoria de veículo, a esportividade é apenas uma adição que muitos nem utilizarão. Contudo, quem quiser andar mais forte terá ainda duas opções.

Além da Individual, pode-se optar pelo modo Sport, onde as reações de motor, câmbio e direção são realçadas, dando mais prazer ao dirigir e um acréscimo no desempenho. Isso sem contar que o próprio câmbio tem o modo Sport, com esticadas de marcha para o motorista não botar defeito.

As mudanças na alavanca ou paddle shifts também contribuem para diversão a bordo do VW T-Cross 200 TSI Comfortline, que possui uma boa dirigibilidade.

 

As rodas aro 17 com pneus 205 de série 55 ajudam bem nas curvas, mas o Mini SUV da Volks é dado ao conforto e o conjunto mais macio se apresenta facilmente em curvas ou desvios de direção.

O conjunto de suspensão tem boa calibragem para enfrentar ruas esburacadas e de pavimento defeituoso, mas em trechos de terra, pode-se notar que o crossover tem aptidão é para o asfalto.

 

Rígido, mesmo em pêndulo, pode-se abrir e fechar as portas sem sinal algum de torção da carroceria, nem mesmo ruídos ou rangidos. Palmas para os aços de alta resistência e soldas a laser. Isso torna o conjunto melhor, leve e seguro. A direção elétrica contribui para isso, tendo resposta quase imediata.


Os freios também operam com eficiência, assim como o controle de estabilidade em curvas bem fechadas ou mudanças bruscas de trajetória. Na eficiência, conseguimos 11,5 km/l na cidade e 15,5 km/l em trecho de estrada, melhor que no 200 TSI manual, pois as relações são mais longas no Tiptronic.

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