Avaliação da Semana – Andamos com o novo Jeep Renegade Limited, com dirigibilidade acertada.
Fala amigos internautas, o ano de 2020 promete e teremos muitas novidades ao longo do ano para todos vocês; nesta semana apresentamos o nosso teste / avaliação com o Jeep Renegade Limited 1.8 4×2; o que melhorou nesta versão? A sua dirigibilidade acertada e conforto interno.
O Jeep Renegade é o SUV mais vendido do Brasil em 2019, considerando o acumulado do ano. E, de fato, ele tem méritos para ser o queridinho dos consumidores, como a dirigibilidade acertada, bom espaço interno e design agradável. Para conhecer melhor o utilitário esportivo, testamos a versão Limited 1.8, a mais completa com o propulsor bicombustível.
Com 139 cv de potência e 19,2 kgfm de torque, o propulsor 1.8 flex até dá conta do recado, contanto que não seja muito exigido pelo motorista. Por conta dos 1.527 kg da versão, além do torque que atinge o seu ápice somente a 3.750 rpm, o modelo demora um pouco a embalar, principalmente em subidas. O câmbio automático de seis marchas, por sua vez, casa bem com o motor e faz reduções quando percebe qualquer queda de potência.
Mesmo sem ter um desempenho arrebatador, o motor leva bem o SUV. De negativo, apenas o consumo: abastecido com etanol, o Renegade encerrou o teste com média de 7 km/l com etanol. Nos primeiros dias, por conta do trânsito da grande São Paulo, o cenário foi pior, com o computador de bordo apontando 5,6 km/l de consumo médio. A autonomia melhorou ao pegar um trecho de estrada, entre São Bernardo do Campo e Ribeirão Pires, onde o Jeep anotou 12 km/l de média no trajeto.
Se potência e economia não são os pontos fortes, o Renegade é uma das referências em termos de conforto e estabilidade. Sua posição de dirigir é correta, com o motorista tendo todos os controles à mão e boa visibilidade do que acontece fora do carro. Os bancos acomodam bem o corpo, embora o traseiro tenha gerado algumas reclamações. Falta também, para quem anda na segunda fileira, um pouco mais de espaço para as pernas e uma saída do ar-condicionado.
Dentre os SUVs compactos, este é o único com suspensão independente nas quatro rodas. E, por mais que este não seja o principal responsável pela boa estabilidade do modelo, o sistema ajuda. A carroceria segue estável mesmo ao fazer curvas mais rapidamente. O acerto da suspensão não é molenga, filtrando bem as irregularidades, mas sendo firme quando é necessário. Neste quesito, um dos mais fundamentais, foi aprovado com louvor.
A versão Limited cobra caro por seu conjunto, mas ao menos vem bem equipada e com poucos opcionais — apenas teto solar panorâmico (R$ 7.100), bancos em couro marrom (R$ 1.200) e pack protection plus (R$ 700). O painel com tela digital, a central multimídia de 8,4 polegadas, faróis em LED com acendimento automático e os seis airbags, são alguns dos equipamentos de série. Na linha 2020, a lanterna em LED também foi adicionada ao pacote.
Só no Jeep Renegade Limited 2020 você vai encontrar recursos como os 7 airbags e as rodas de liga leve aro 19″. Nenhuma outra versão do modelo conta com esses diferenciais, que também, pelo menos por enquanto, nenhum outro competidor direto oferece.
Méritos o Renegade tem. É espaçoso, confortável e tem um acabamento caprichado. Porém, seus defeitos podem afastar alguns compradores, já que o consumo, principalmente com etanol, o espaço interno traseiro e o porta-malas de 320 l, causam algumas torcidas de nariz. Entretanto, nada que apague os pontos positivos do veículo, que também está disponível com motor diesel de 170 cv. Apesar das ressalvas, ele mostrou o porquê de ser um best-seller, além de ter encerrado o teste com uma das melhores dirigibilidades dentre os SUVs testados.
Por se tratar de um projeto original de fábrica, as rodas aro 19” ficaram bem acomodadas no Renegade, que, ao rodar, não demonstra qualquer perda em conforto. O jogo de rodas e pneus maiores favorece a estabilidade e realça o bom comportamento dinâmico que o Renegade sempre entregou graças ao conjunto de suspensão independente nas 4 rodas, mas a conta aparece em no consumo um pouco maior do que as versões equipadas com rodas e pneus menores.
Se no visual e na parte externa o Jeep Renegade pouco mudou (você pode até não perceber, mas a grade dianteira foi revista na linha 2020), os faróis full-LED são uma inclusão interessante na versão Limited (o recurso será opcional para o Renegade Longitude com preço na casa de R$ 2.000). Além de evitar problemas com lâmpadas queimadas, a tecnologia LED garante um alcance de iluminação 50% superior em relação aos faróis halógenos e ainda garantem um visual mais marcante ao Renegade, em especial pelo contorno da iluminação diurna. A única diferença do Renegade 2020 brasileiro para o europeu é que os diodos emissores de luz também foram aplicados nas lanternas do Renegade fabricado na Itália. As peças, contudo, contam com lâmpadas convencionais no modelo produzido em Goiana (PE).
Na parte interna, algo que acrescentou ainda mais comodidade e sofisticação ao Renegade 2020 foi o compartilhamento da mesma central multimídia com tela de 8,4” presente no Jeep Compass (item de série a partir do Renegade Longitude 2019). Fácil de operar, ela traz os sistemas de espelhamento Apple CarPlay e Android Auto, exibe as imagens da câmera de ré e agora também permite operar o sistema de ar-condicionado (que tornou-se 20% mais eficiente na linha 2020).
Bem posicionada, a central multimídia está no alto do console central, facilmente ao alcance dos olhos e das mãos. Como ocorre desde o lançamento, a linha Jeep nacional se destaca pela ótima construção da cabine, com boa seleção dos materiais, ergonomia, posição dos comandos, entre outros atributos. Para melhorar ainda mais o bem estar a bordo, o Renegade 2019 oferece porta-objetos revistos e ainda mais práticos. Nas versões com a central multimídia de 8,4”, os passageiros do banco traseiro também ganham uma entrada USB para carregar dispositivos eletrônicos.