Thiago Camilo começa o domingo em 17º e termina no alto do pódio.
Toda a frustração de sábado – quando foi atrapalhado por um adversário em suas voltas rápidas e teve que largar em 17º lugar, numa pista onde conquistara duas pole positions nas três últimas corridas – foi compensada por um domingo praticamente prefeito. Thiago Camilo e a Ipiranga RCM adotaram uma estratégia para marcar o máximo de pontos nas duas corridas que compuseram a terceira etapa da temporada 2014 da Stock Car no rápido anel externo de Brasília, e saíram da capital federal com 26 pontos – 11 conquistados com um décimo lugar na corrida principal e 15 conquistados com a vitória na segunda corrida.
“O novo regulamento da Stock Car tornou as corridas muito estratégicas. Como a gente vinha de duas etapas para esquecer, onde tudo deu errado e não marcamos pontos, tínhamos que sair daqui mais perto da liderança do campeonato, senão ia ficar muito longe para entrar na briga. Largando em uma posição que não condizia com o carro que eu tinha e com o que vínhamos fazendo no fim de semana, adotamos a tática de tentar marcar pontos nas duas corridas. Para isso, eu tinha que chegar entre os dez primeiros na corrida inicial, já que a segunda prova tem grid invertido em relação a esses dez primeiros. Fiz uma boa largada, já fui lá para 12º nas primeiras voltas, e precisava ganhar mais duas posições. A gente poderia ter conseguido isso trocando apenas um pneu e botando pouco combustível no pit stop obrigatório, mas confiamos no bom trabalho da equipe, trocamos dois pneus e botamos combustível suficiente para fazer a segunda prova. Deu certo por pouco, mas deu certo, pois fiquei com o décimo lugar e larguei na pole position na segunda corrida. Daí para frente, foi uma dureza controlar o Julio Campos, que ficou a corrida toda me pressionando e tinha seis tiros do botão de ultrapassagem, contra dois meus. Mas eu fiz uma boa largada, uma boa relargada depois da entrada do safety car, e consegui segurar a ponta. Foi um domingo espetacular, e esse 26 pontos, se ainda nos deixam distante da ponta, nos colocam mais uma vez na briga pelo campeonato”, disse Camilo.
O piloto da Ipiranga RCM cruzou a linha de chegada da primeira corrida em 11º, e largaria desta posição na segunda se Felipe Fraga não tivesse sido punido por fechar a porta para Camilo, que tentava ultrapassá-lo na última volta. A nota triste para a equipe foi a quebra de Galid Osman. O piloto largou em terceiro e vinha nessa posição, controlando bem a corrida em relação aos dois primeiros, Felipe Fraga e Julio Campos. “A gente poderia fazer a estratégia de fazer um pit stop curto, vencer a primeira corrida e garantir 24 pontos. Foi o que o Átila Abreu, que vinha andando atrás da gente e com um ritmo de corrida mais lento, fez. Infelizmente o motor entrou em modo de segurança, quebrou, o que foge ao controle da equipe e do piloto”, explicou o chefe da equipe Ipiranga RCM, André Bragantini.