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MotoGP – Petrucci, o mais recente vencedor na categoria.

Danilo Petrucci, o mais recente vencedor em uma corrida de MotoGP, ainda por cima na “sua casa” Grande Prêmio de Itália em Mugello, tem um perfil pouco típico quando comparado às estrelas da categoria.

Danilo saltou do extinto mundial de Superstock para a MotoGP em 2011, só que em condições muito precárias. Ele chegou à categoria principal por mão da equipe Aprilia Ioda de Gianpiero Sacchi, antigo diretor de competição da Aprilia, que corria nesses anos na MotoGP na categoria CRT, basicamente Superbikes ligeiramente disfarçadas que engrossaram o grid da MotoGP nesses anos de crise.

Invariavelmente, a equipe e o piloto alinhavam na parte de trás do grid, perdendo para as MotoGP de fábrica mais de 20 Km/h só em velocidade de ponta. Como tal, seria improvável que alguém viesse reparar no talento de Petrucci, e ele confessou que esteve perto de desistir de correr. O ano era 2012 e uma oportunidade mais realística só viria em 2015, quando a Ducati Pramac o foi buscar, convencido do seu talento aos preços a que podiam contratar um piloto.

Desde então o Italiano de Terni, na região central de Itália, ascendeu à equipe oficial da Ducati, refletindo as palavras de Davide Tardozzi, manager da formação e vencedor da primeira corrida de SBK, que atribuiu a vitória de Petrucci, além do mérito do piloto, à política da Ducati de saber identificar valores jovens e de os nutrir através das suas equipes satélite antes de chegar à formação oficial.

Porém, Danilo, aos 28 anos, continua sendo uma personagem algo única no paddock: Diz aos jornalistas o que lhe vai na alma sem os filtros do “politicamente correto” induzidos por agentes de relações públicas ao longo de anos, que mais fazem as declarações de alguns pilotos parecer um anúncio de pneus ou da marca de moto para a qual pilotam. Depois, Petrucci, ao contrário de atletas como Márquez ou Dovizioso, é um homem corpulento.

Na maioria dos casos, isso é um “handicap” já que mais peso equivale a menos cavalos, mas a sua compleição atlética ajudou a trazê-lo para a ribalta em 2015, quando dominou a Ducati sob chuva torrencial em Assen para ficar a 0.063 segundos do vencedor Rossi. Era a segunda vez, tendo feito o mesmo em Silverstone antes nas mesmas condições.

Este ano, a Ducati colocou-o sob pressão ao lhe dar um contrato de apenas um ano, mais uma vez atípico na categoria, fazendo ao mesmo tempo saber que, dependendo os seus resultados, Miller poderia ser o seu substituto em 2020.

A fórmula de acarinhar por um lado e pressionar do outro, tão própria da Ducati, parece ter resultado… há uma nova cara no círculo dos vencedores em MotoGP, e é de duvidar que não venhamos a ouvir falar muito mais de Danilo Petrucci!


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