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Fórmula 1 – Em 2020 teremos mais uma fornecedora de pneus ou ficará entre Hankook ou Pirelli?

Fechado! O leilão para encontrar um fornecedor de pneus para a Fórmula 1 em 2020 terminou e depois do abandono da Michelin, ficaram Pirelli e Hankook, com a marca coreana de pneus decidindo ir à luta com a marca italiana atual fornecedora de pneus á categoria.

 

No “paddock” falava-se muito da possibilidade da Hankook chegar á frente e tentar ficar com o lugar da Pirelli como fornecedora de pneus a partir de 2020. Depois da Michelin ter  se retirado porque, alegadamente, a Fórmula 1 continuará com as rodas de 13 polegadas em 2020 e não fará a mudança imediata para as rodas de 18 polegadas. Isso não serve, pelo visto, o interesse da Michelin, mas não demoveu a Hankook que se apresentou lado a lado com a Pirelli.

 

O processo de escolha vai prosseguir os seus trâmites, ou seja, a FIA tem 14 dias para verificar se os dois candidatos têm capacidade técnica e financeira suficiente para fornecer a Fórmula 1. Claro está que no caso da Pirelli isso será um proforma, no caso da Hankook também não deverá colocar problemas, pois a marca de pneus coreana já equipa muitas competições em todo o mundo, como o DTM e a Fórmula 3.

 

Se a Hankook passar no crivo da FIA, o processo segue para as mãos da gestão da Fórmula 2, que é como quem diz, para as mãos de Ross Brawn. O britânico já explicou que “depois da FIA ter aceite os candidatos, nos temos de avaliar a proposta financeira e tecnológica.”

 

Convirá não esquecer que o muito dinheiro que é preciso gastar em publicidade nos circuitos faz parte do bolo de rendimentos que as equipes partilham e por isso até para as equipes, a definição do construtor de pneus, no que toca ao plano financeiro, é importante. E estamos falando de contratos com três dígitos antes dos milhões! É, mesmo, muito dinheiro!

 

Depois destas démarches, a escolha final pode se arrastar por várias semanas e quem pense que a Pirelli está, mais ou menos, segura, pode tirar dai a ideia. Tudo se resumirá ao dinheiro colocado em cima da mesa e fontes ligadas ao processo já vieram dizer que a Hankook está muito empenhada em colocar o seu nome no topo do automobilismo mundial, não se “assustando” com o montante que terá de desembolsar.

 

Por outro lado, um estreante nestas coisas não costuma dar bons resultados. É que a Hankook, caso ganhe, vai-se estrear a fazer os pneus para os carros mais velozes que existem e com borrachas que se degradem de forma controlada para permitir que hajam estratégias múltiplas durante as corridas. Quando a Pirelli substituiu a Bridgestone em 2011, a casa italiana já tinha passado pela F1 e tem tecnologia e conhecimento muito superiores aos da neófita Hankook. Por outro lado, a Hankook, se ganhar, não vai entrar numa guerra de pneus, pois aí seria complicado aos coreanos sobreviverem.

 

Mas caso ganhem o fornecimento de pneus para a Fórmula 1, a Hankook vai encontrar outros desafios. Primeiro terão de desenvolver pneus para as rodas 13, algo que a Pirelli já sabe de cor e salteado, para depois mandar tudo fora e desenvolver os pneus para rodas 18 que vão ser utilizadas a partir de 2021. Detalhe final: se vencer, a Hankook não pode testar com os carros de 2019, pois estão todos ainda debaixo de contrato com a Pirelli. Ou seja, a Hankook terá de comprar um carro de alguém, contratar uma equipe completa e pilotos para poder testar os seus pneus para 2020 com rodas de 13 polegadas. Já estão a ver o preço final a inflacionar de forma absurda para a Hankook.

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