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Andamos com o Hyundai Creta Platinum, com um design inovador e muito atraente.

Caros amigos da Veloxtv, nesta última semana antes das festas de final de ano, nada melhor que fechar a temporada 2021 com o carro que apresentou a mudança mais brusca dos últimos anos o “Hyundai Creta Platinum”.

 

O Hyundai Creta de segunda geração vem para manter o bom posicionamento do modelo no mercado brasileiro, onde na versão Platinum, custa salgados R$ 137.990.

 

Este já é o segundo preço da nova geração, que custava R$ 135.490. É verdade que ele é bem equipado, e deverá conquistar por isso, pois o Novo Creta Platinum tem um visual inovador e impactante, como todo Hyundai atual.

Seu conjunto renovado traz a eficiência do motor 1.0 TGDI de 120 cavalos e 17,5 kgfm, que já equipa o Novo HB20, obrigatoriamente com a mesma caixa automática.

 

A grade hexagonal com elementos interligados na grelha é a parte mais “normal” da frente chamativa. Na traseira, o mesmo se repete com as lanternas em LED parcial.

 

O para-choque preto tenta dar um ar mais esportivo ao Creta Platinum, que tem teto solar panorâmico e antena barbatana. As rodas aro 17 polegadas tem um aspecto agradável.

 

Ao dirigir

 

O ambiente se renovou completamente e o painel chama atenção pelo duplo cockpit e pelos difusores de ar estilosos, destacando cluster e multimídia, mas quem rouba a cena é o volante.

Com quatro raios, a direção do Novo Creta lembra um volante da Audi, porém, em tamanho bem mais confortável. Atrás dele, a instrumentação chama atenção pela tela de 7 polegadas.

 

No modo Eco, ela fica verde e indica visualmente apenas a velocidade instantânea e as mais próximas, deixando o aro do mostrador vazio. No Normal, tudo azul e os números aparecem.

 

Já no Sport, temos um vermelho bem claro, mas aí é o ponteiro que fica enevoado imitando um certo movimento. Usando câmeras nos retrovisores, a imagem é mostrada nesta tela.

Computador de bordo e demais, ficam ao centro. Combustível e conta-giros são analógicos. Ao lado do cluster, botão de partida e a multimídia blueNav com tela de 10,1 polegadas.

 

O conjunto traz diversas funcionalidades como Android Auto e CarPlay, além de reprodução das câmeras de monitoramento em 360 graus, navegador GPS nativo e personalização com ID.

 

Abaixo, o ar-condicionado digital tem aspecto funcional, e ele pode ser ajustado remotamente pelo BlueLink, um app que permite acessar até as câmeras externas e a ventilação do banco.

 

Este permite também localizar e ligar o carro, destravar as portas e abrir os vidros ou fechar, entre outros. No console do Novo Creta, o carregamento indutivo é uma boa para o celular.

 

A alavanca de câmbio em forma de manete e com acabamento metalizado, agrada. O conjunto tem freio de estacionamento elétrico, Auto Hold, ventilação do assento, Start&Stop e câmeras. Com modos de condução num botão vistoso, perto do câmbio, o Novo Creta chama atenção pelo uso de botões personalizáveis e até guia de direção nas câmeras em 360.

 

Ele também atrai pelo bom espaço interno e acabamento condizente com sua categoria, conforto dos bancos em couro e o teto solar panorâmico, que deixa o ambiente arejado. O porta-malas tem 422 litros e é menor que o anterior, que comportava 431 litros. Ainda assim, está dentro do esperado e acomoda bem o que tem de se levar no dia a dia.

 

Nosso teste em ruas e estradas

Finalmente a Hyundai está deixando o motor Gamma 1.6 de lado, adotando o mais moderno Kappa 1.0 TGDI com seus vibrantes três cilindros, bem notados no dia a dia e com portas abertas.

 

O pequeno propulsor do Novo Creta não é suave, mas entrega o que se espera com turbo e injeção direta de combustível, roncando gostoso em giro alto, enaltecendo assim sua força.

 

Seus 998 cm³ dispõem de 120 cavalos a 6.000 rpm e 17,5 kgfm a 1.500 rpm, tendo ainda uma curva de torque bem plana, garantindo elasticidade no funcionamento diário. Trabalhando com uma boa caixa automática de seis marchas, o Novo Creta Platinum tem mais disposição nas saídas, mesmo em modo Eco, garantindo boa sensação ao volante.

Com força suficiente para mover agilmente seus 1.270 kg, o Novo Creta 1.0 TGDI não precisa ficar gritando e nem segurando marcha para realmente andar como se deve, o que é ótimo. Transitando em torno dos 1.500 rpm, ele garante um rodar agradável na cidade. Na estrada, lembrando o correspondente Chevrolet Tracker, mantém-se nos 2.600 rpm a 110 km/h.

 

Com força adequada, realiza ultrapassagens com conforto e sobra, ampliando a sensação de segurança, e também apresenta retomadas interessantes. No Novo Creta, pode-se optar tanto pelo modo manual (na alavanca ou nos paddle shifts do volante) como pelos modos Normal ou Sport. Neste último, o 1.0 TGDI usa todo o seu potencial.

 

Tendo progressão entusiasmante, o Novo Creta nesse modo vai até os 6.500 rpm rapidamente, permitindo ao SUV compacto andar como se tivesse motor maior. Bem, isso ele tem na versão Ultimate, com o Smartstream-G 2.0, que provaremos numa oportunidade futura. Usando somente etanol, o combustível fornecido pelo fabricante para nosso teste, mesmo o 1.0 TGDI não pode fazer milagre.

Conseguimos 8,1 km/l na cidade e 9,0 km/l na estrada. Com os preços atuais, isso desanima, ainda mais que não se ganha nada nos números, em relação à gasolina.

 

No dia a dia, a condução do Hyundai Creta Platinum é agradável, tendo direção elétrica com leveza e resposta na medida certa, porém, os freios são sensíveis demais em baixa velocidade.

 

O sistema acaba tendo respostas bem parecidas com o Volkswagen Nivus, por exemplo. Falando em freios, o Novo Creta poderia dispor de detector de pedestres e frenagem autônoma pelo preço pedido.

 

Não agrada a sensação de tocar no pedal e observar o carro travar como se estivéssemos evitando uma colisão. Falando nisso, o Start&Stop também é indigesto, mas pelo menos pode ser desligado.

Já a suspensão tem um comportamento adequado, com bom equilíbrio dinâmico e filtragem razoável das trepidações do solo mal pavimentado ou de bloquetes e paralelepípedos. Só o curso da suspensão poderia ser maior, dado que algumas ondulações de asfalto detectáveis em cima, acabam deixando o conjunto exposto ao limite – e ele é curto.

 

Com boa posição de dirigir, ainda mais com bancos ventilados, o Novo Creta tem ainda detector de ocupante no banco traseiro e retrovisores com rebatimento elétrico, bons para as vagas. Para auxílio à condução, além do citado freio automático de emergência, poderia dispor de alerta de faixa com correção e de tráfego traseiro em ré, o que ajudaria muito no dia a dia.

 

Isso você só encontra na versão Ultimate do Creta, ainda com centralização de faixa e sensor de fadiga. Pelo menos o Creta Platinum tem o monitoramento lateral com câmera, seis airbags e sensor de pressão dos pneus.

 

Avaliação Final

O Hyundai Creta Platinum é a versão mais equipada com motor 1.0 TGDI, tendo um pacote de equipamentos bom para sua proposta, mas dado o preço, faltaram mais itens de segurança.

Obrigatoriamente com controle de tração e estabilidade, assistente de rampa e as bolsas infláveis, ele poderia dar um pouco mais. Ainda assim, as câmeras e a visão de ponto cego ajudam.

Com bom espaço e ar-condicionado no banco traseiro, o Novo Creta Platinum destaca seu teto panorâmico e o banco do motorista ventilado, assim como a multimídia com tudo dentro.

O maior ganho, no entanto, não é a personalização do painel e nem o wireless para celular, mas o emprego da lógica com motor 1.0 Turbo que convence e dá a disposição que se exige.

Por R$ 137.990, o Creta Platinum fica entre Tracker Premier 1.0T (R$ 135.380) e o T-Cross Comforline 1.0 TSI (R$ 140.790), oferecendo a mais teto, câmeras e banco ventilado. Vale? Apesar do preço, sim, se você não se importar com o visual.

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