Coluna do Borracha – Valentino Rossi, o maior de todos!
A corrida de San Marino mostrou que, apesar dos outros pilotos tentarem, eles ainda têm muito que aprender com The Doctor
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: MotoGP.com
Essa é uma daquelas colunas em que vão faltar adjetivos para tentar explicar o que aconteceu na corrida do fim de semana. A pista de Misano e quem lá esteve, testemunhou uma das maiores corridas da MotoGP moderna, o maior gênio das duas rodas deu uma lição aos outros pilotos e deixou atônitos os chefes de equipe e aqueles que se acham maiorais.
Em condições iguais ou muito próximas, seja de equipamento, preparo físico e mental ou tudo isso junto, não tem pra ninguém se o oponente for Valentino Rossi. Além de tirar leite de pedra, o italiano consegue ser o mais imprevisível em termos de tocada durante a prova. Seu companheiro de equipe sucumbiu, e essa é a palavra exata, ao avanço espetacular de Rossi durante a prova.
Foi uma corrida diferente em vários aspectos. Todos sabem que a largada é uma das grandes dificuldades tanto do Valentino quanto do Marquez, mas isso não aconteceu no domingo. Ambos largaram muito bem, pularam logo atrás do Lorenzo que era pole e manteve a ponta, e de cara, começaram a duelar pela segunda posição. Claro que Marc Marquez iria tentar logo no começo partir pra cima das Yamaha, mas a vontade de Rossi era tanta que mal tomou a ultrapassagem, já armou o troco no espanhol.
E foi assim, meio que de roldão e sem se preocupar muito com Lorenzo que os dois seguiram duelando e passaram de passagem pelo bicampeão. Jorge nada pode fazer, apenas olhou de longe um pega dos mais sensacionais, era o gênio Valentino e seu mais provável herdeiro brigando como se fossem os únicos na pista, dando show, espetáculo ou qualquer outro adjetivo.
Aí veio o toque de genialidade. Com uma moto que gasta mais pneu, Rossi começou a balançar nas saídas das curvas, e para tirar essa diferença ele começou a se inclinar mais, ganhava na aderência interna do pneu e conseguia abrir certa distância para Marquez. Vendo isso, o menino quis andar no mesmo fio da navalha do italiano, e sabe o que aconteceu? Ele acabou errando e caindo, despencou do segundo para o último lugar, demorou em fazer a moto pegar, protagonizou uma cena que jamais eu esperaria ver com ele. Parecendo um motoboy, ele tentava insistentemente fazer a moto pegar no tranco!
Aí meus amigos, acabou a festa, Rossi foi imponente e soberbo até a bandeirada final, controlou a distância para seu companheiro de equipe e cruzou a faixa empinando, como nos velhos tempos. A loucura tomou conta da pista, afinal os italianos levam muito a sério a máxima de cultuar um ídolo enquanto ele ainda esta na ativa. Para nós, resta aplaudir e aproveitar esses momentos que só não são raros por causa de seres como ele. Ave Rossi!
Vou ficando por aqui, no fim de semana tem Fórmula 1 com a corrida noturna em Singapura, com certeza será mais um capítulo da dança das cadeiras que, esse ano, promete ser a mais quente do século 21!
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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