FIA WEC: Senna vê aprendizado na estreia frustrante.
Mesmo uma corrida com final decepcionante pode trazer lições positivas. Em síntese, essa foi a sensação de Bruno Senna com o 10º lugar no geral dele e seus parceiros na Rebellion Racing, o francês Norman Nato e o norte-americano Gustavo Menezes, nas 4 Horas de Silverstone – abertura da temporada 2019/2020 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Como esperado, as Toyota não apenas dominaram a primeira fila do grid como conquistaram a dobradinha comandada pelo trio Jose Maria Lopez-Mike Conway-Kamui Kobayashi, que completou a prova com vantagem inferior a dois segundos sobre o segundo protótipo LMP1 de Sébastien Buemi-Kazuki Nakajima-Brendon Hartley.
Bruno cumpriu os dois primeiros turnos com o Rebellion R13-Gibson. Partiu em terceiro, mas logo percebeu que não teria ritmo para se aproximar dos carros japoneses. “O problema maior foi com a temperatura dos pneus. Eu não conseguia acompanhar ninguém porque os dianteiros não aqueciam o suficiente. Foi um problema que já havíamos sofrido no ano passado. A Michelin melhorou os pneus, mas não o suficiente para nós, já que nosso carro não é 4×4. São os mesmos da Toyota, mas mais voltados para eles. Na chuva, então, é muito mais difícil fazer esses pneus trabalharem, e a diferença fica maior ainda. Até os LMP2 eram mais rápidos no molhado, até mesmo mais que as Toyota, o que dá uma boa ideia de como são esses pneus”, explicou.
Mesmo assim, Bruno fez questão de lembrar que, se o resultado passou longe do aguardado, o primeiro combate do ano trouxe ganhos que serão úteis ao longo do calendário. “Aprendemos mais um pouco sobre o carro e também sobre algumas coisinhas que estamos fazendo de errado. O qualifying foi a melhor parte do final de semana para a gente, já que andamos até mais perto das Toyota do que esperávamos”, avaliou.
Com pouco mais de um mês antes da próxima etapa, marcada para 5 de outubro em Fuji (Japão), o time suíço-britânico vai trabalhar duro para tentar minimizar os efeitos de um circuito habitualmente hostil ao seu modelo. “As curvas de baixa e um setor bem lento favorecem muito à Toyota. E como é a corrida de casa, eles vão ainda mais para cima”, concluiu Bruno.