Histórias da Fórmula 1 – Didier Pironi morreu há 30 anos.
Amante da velocidade, quase ficou sem pernas em um acidente nos treinos para o GP da Alemanha, tudo igual ao que, semanas antes, tinha ceifado a vida ao seu colega de equipe na Ferrari, Gilles Villeneuve. Nunca mais correu em F1 e voltou-se para os barcos de competição. Morreu numa prova ao largo da Ilha de Wight em 23 de agosto de 1987, fez ontem 30 anos, quando o Colibri, barco que ele próprio tinha feito, com base nas suas dificuldades físicas, se desfez ao enfrentar uma onda cruzada; com ele, morreu toda a equipe do barco.
A traição fatal
A história é rica em coincidências e a que sucedeu ao seu “irmão” Gilles Villeneuve é irónica. O canadiano era o seu melhor amigo, o seu confidente. Até Imola, até ao dia 25 de abril de 1982. Nesse dia, o francês cometeu um ato que Gilles considerou uma traição: quase no final, ao ver que o terceiro classificado, Michele Alboreto, estava muito longe, a Ferrari deu ordem aos pilotos para abrandarem o ritmo, para evitar quebras mecânicas ou consumo excessivo. Villeneuve, na frente de Pironi, cumpriu a indicação, acreditando que a ordem por que estavam em pista era para manter.
Mas Pironi não entendeu assim e passou Villeneuve, que reagiu, reassumindo o comando. Porém, na Tosa, não defendeu a linha de trajetória na última volta e Pironi aproveitou para voltar a passá-lo, cortando a linha de chegada 0,366s na frente de Gilles. Villeneuve, no pódio, nunca falou a Pironi, garantindo que este o tinha traído. E jurou que, na sua vida, nunca mais iria dirigir a palavra ao francês. Triste ironia: duas semanas depois o canadiano, estava morto, cumprindo-se da pior forma a sua promessa.
Didier Pironi nasceu a 26 Mar 1952, perdendo a vida aos 35 anos. Para trás ficaram cinco anos na Fórmula 1 onde venceu por três vezes, foi 13 vezes ao pódio e obteve quatro pole positions. Recorde a sua carreira.
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https://youtu.be/p4qPxJY6X1c