Sem equipe oficial em 2015, Yamaha segue no Moto 1000 GP com quatro pilotos.
A temporada de 2014 do Moto 1000 GP teve a participação da Yamaha entre seus principais destaques. A marca foi representada de forma oficial pela equipe argentina MG Bikes e conquistou títulos em duas das quatro categorias do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade – na GP Light, com o argentino Nicolas Tortone, vencedor de duas corridas, e na GP 600, com o uruguaio Maximiliano Gerardo, que obteve quatro vitórias.
A atuação dos pilotos do modelo Yamaha YZF-R6 na temporada da GP 600 foi marcante: eles venceram sete das oito provas. Além dos quatro triunfos do campeão Gerardo houve três primeiros lugares do argentino Juan Solorza, que defendeu equipe própria, a Solorza Competición, e terminou o ano como vice-campeão. Apesar da campanha vitoriosa, a revisão de estratégias levou a Yamaha a não designar uma equipe oficial para 2015.
“É uma pena não termos neste ano uma equipe oficial da Yamaha. Essa decisão seguiu a estratégia da empresa”, observa o organizador do Moto 1000 GP, Gilson Scudeler. “Acredito que seja uma ausência breve. Tudo leva a crer que, com o lançamento mundial da YZF-R1 a Yamaha volte a ter sua equipe no grid. O cenário do Brasileiro de Motovelocidade é bastante favorável para expor a nova moto de 1.000 cilindradas ao público do Brasil”, considera.
A Yamaha é a marca recordista de vitórias da GP 600: foram 14 vitórias de seus pilotos desde a implantação da categoria no Moto 1000 GP em 2012. Gerardo e o argentino Adrian Silveira conduziram as R6 a quatro vitórias, cada. Solorza, que é vice-líder da atual temporada, teve três primeiros lugares, mesmo número acumulado por seu compatriota Sergio Fasci – casualmente, nenhum brasileiro venceu na GP 600 com motos Yamaha.
Além de Solorza, três pilotos competem na GP 600 com motos Yamaha. O paranaense Juliano Soder, que fez sua estreia em 2015 pela Soder Racing, o paulista Marcus Trotta, que defende a Motom, e o amapaense Breno Pinto, da 2MT-PRT. Os três ocupam o 15º, o 17º e o 24º lugar, respectivamente, na tabela de classificação do Brasileiro de Motovelocidade. Soder e Pinto estão em nono e em décimo lugar na pontuação da classe Evo.
“Sempre fui fã das motos Yamaha, desde a minha primeira R6, há quase dez anos”, conta Trotta. “Ela é uma moto perfeita, desde o chassi que dá uma agilidade muito grande na pista até o motor, que mesmo não tendo um grande torque em baixa acaba compensando em velocidade final”, aponta o piloto de 39 anos, que na última corrida do Moto 1000 GP, que pôs em disputa o GP Michelin em Goiânia, cruzou a linha de chegada em décimo lugar.
Pinto, aos 28 anos, vive uma fase de aprendizado na motovelocidade. “É só o meu segundo ano de competição”, observa, valorizando a implantação da classe Evo, para pilotos que buscam evolução. “A Evo traz justamente o que eu procuro, que é a chance de evoluir para daqui a dois anos aparecer entre os melhores”. O amapaense frisa os atributos da R6. “Gosto muito da ciclística da moto, que é forte e bem agressiva”, define.
Soder atua desde os 16 anos em competições de enduro e velocross. A estreia no Moto 1000 GP, neste ano, deu-se na etapa de Cascavel. “Ainda vou participar de mais duas etapas neste ano e pretendo disputar o campeonato completo em 2016”, revela o piloto de 28 anos, que é também concessionário da marca. “Não só pelo vínculo, mas optei pela moto Yamaha pela boa posição de pilotagem, pelos freios e por ser uma moto leve, muito boa para acertar”.
A próxima etapa, no dia 26 de julho, será disputada em Campo Grande. As motocicletas do Brasileiro de Motovelocidade utilizam a gasolina Petrobras Podium e o lubrificante Lubrax Tecno Moto. Petrobras e Lubrax patrocinam a competição ao lado da Michelin, que fornece pneus a todas as equipes. O Moto 1000 GP também conta com o apoio de Beta Ferramentas, MSR Macacões Personalizados, Puig, Servitec, LeoVince, Shoei e Tutto Moto.