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Nova Ducati Multistrada V4 enfrenta aventura no Círculo Polar Ártico.

Paisagens encantadoras, montanhas cobertas de neve e a aurora boreal fornecem o pano de fundo para a incrível história contada por dois pilotos italianos que decidiram encarar temperaturas pra lá de negativas numa expedição ao Círculo Polar Ártico.

Um desafio abaixo de zero. A recém-lançada na Europa, Ducati Multistrada V4, participou de um desafio pra lá de gelado. Dois pilotos italianos, Alessandro Broglia e Alessandro Mollo, percorreram 7.400 km por estradas com neve e gelo, num trajeto de Bolonha (Itália), até Ingolstad (Alemanha), passando pelo Círculo Polar Ártico.
Durante os 14 dias da aventura, a temperatura se manteve abaixo de zero: entre -10 ° e -15 °, chegando a -31 ° numa das noites na passagem pelo Círculo Polar Ártico.
Conheça o relato desta aventura gelada!
Para quem, como nós, sempre foi apaixonado por viagens e natureza, as quatro paredes de nossas casas nas quais fomos forçados a passar todo o nosso tempo durante a pandemia nos deixam cada vez mais presos. Horas se passaram enquanto nos sentávamos no sofá pensando em como poderíamos voltar ao mundo e, felizmente, nosso amor por motocicletas finalmente nos deu a resposta.
Depois de ler sobre a Ducati Multistrada V4, recém-chegada na Europa, tivemos a ideia colocar esta nova bigtrail à prova em condições extremas.
E assim trabalhamos na nossa proposta para a Ducati: uma aventura que termina no Círculo Polar Ártico, em linha com o nosso lema, “A vida começa fora da tua zona de conforto”.
A Ducati aceitou o desafio e nos deu luz verde.
Alguns dias depois estávamos na estrada! Motos preparadas, com pneus corretos para neve, e nós equipados com os melhores trajes Dainese.
Dia 0 • Verificações finais com a equipe Ducati antes da partida 
Não poderíamos começar nossa jornada de outro lugar que não fosse a sede da Ducati, em Borgo Panigale, na cidade de Bolonha (Itália).
Embora estivéssemos imersos no coração da Ducati por apenas algumas horas é inegável que até o ar que a equipe respira na fábrica está explodindo de emoção. Diante de nós está uma grande família unida por um coração vermelho pulsante, no qual cada membro está pronto e motivado para dar tudo de si. É aqui que nasce a paixão. É aqui que os motores das nossas motocicletas – nossas companheiras nesta aventura em duas rodas – rugem pela primeira vez.
Tudo está pronto e mal podemos esperar para começar.
Dia 1 • Impressões iniciais de pilotagem
No dia 29 de janeiro de 2021 o alarme dispara mais cedo. Quase não parece real: este projeto que começou como um capricho, literalmente uma aposta, e estava prestes a começar.
No início da manhã estamos sob o emblema icônico da Ducati posando para a foto habitual com o CEO Claudio Domenicali, que nos mostra os pontos fortes da nova Multistrada V4 antes de partirmos.
Mal podemos conter nossa excitação que explode assim que ligamos os motores. Estamos na primeira marcha e o controle está em nossas mãos: a moto é dócil, as trocas de marcha são rápidas e o motor é suave com seus 4 cilindros que nem vibram.
Nos primeiros quilômetros a motocicleta já te seduziu. Ela te envolve com facilidade e conforto excepcionais, e com toda a jornada pela frente percebemos que não poderíamos ter esperado um começo melhor do que este.
A fria Escandinávia nos espera.
Os quilômetros continuam a se acumular sob as rodas, nossas motos deslizando por eles como se não fossem nada.
A posição de pilotagem é perfeita, o assento confortável e aquecido, assim como as manoplas.
Horas e horas na auto-estrada podem ser árduas, mas o para-brisa nos protege e o pico do capacete ventilado limita o “efeito vela” – o que evita que os músculos do pescoço fiquem tensos durante a viagem.
Como era de se esperar, ao percorrer distâncias de mais de 1.000 km, o cansaço nos atinge, mas a tecnologia a bordo da Multistrada V4 é uma verdadeira virada de jogo. Porque? É simples. Com o controle de cruzeiro operado por radar, você se sente completamente à vontade, o que significa que, a longo prazo, você se sentirá menos cansado.
O mesmo pode ser dito para o outro sistema eletrônico habilitado pelo radar traseiro, o BSD (Blind Spot Detector), que é extremamente útil para sinalizar quaisquer veículos que viajem mais rápido que nós (principalmente no frio, quando nós motociclistas somos mais cautelosos que os motoristas …).
Após 650 quilômetros de neve passando pela Itália, Áustria e Alemanha, chegamos à cidade bávara de Ingolstadt, onde decidimos fazer uma parada.
Dia 2 • O frio do norte começa a se instalar
O alarme dispara às 6 da manhã e voltamos direto para a rodovia em direção ao norte. Encontramos neve e gelo, no entanto, nossos 170 cavalos de potência são ininterruptos, regulares e inabalavelmente poderosos, e nosso equipamento técnico nos mantém protegidos e, felizmente, aquecidos.
Viajamos vários quilômetros com flocos de neve caindo em nossos capacetes. Precisamos continuar acumulando quilômetros se quisermos seguir um cronograma tão apertado. É por isso que o traje usado (Antarctica, da Dainese) possui uma membrana externa laminada Gore-Tex®, nos protegendo de tudo – frio, neve, chuva. É como um escudo, com reforços de neoprene que mantêm o frio, chuva e neve do lado de fora. A água escorrega de imediato, e o casaco e as calças estão sempre secos, mesmo quando os vestimos na manhã seguinte.
Colocamos os pneus especiais apenas quando chegamos à capital sueca. Embora as condições sejam um tanto desfavoráveis, as motos respondem na perfeição: estáveis e sempre com o máximo controle.
No final da tarde, chegamos às margens do Mar do Norte e, do porto de Rostock  partimos em direção à Suécia.

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