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Metalúrgicos da GM querem reunião com Dilma para cobrar estabilidade no emprego

Os metalúrgicos da General Motors aprovaram nesta quarta-feira, dia 30, o processo de resistência contra os planos da montadora em adotar o sistema de lay-off na fábrica de São José dos Campos.  Em assembleia, os trabalhadores também aprovaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial.

Como parte da luta dos metalúrgicos em defesa do emprego, será encaminhado um pedido de reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a presidente Dilma Rousseff.  Os trabalhadores reivindicam a assinatura de uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego em empresas que recebam incentivos fiscais.

No dia 1º de julho, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o governo federal anunciaram a renovação do acordo de IPI reduzido para veículos, em troca da manutenção dos empregos nas montadoras.

“O último lay-off realizado pela GM resultou em quase 600 demissões. Por isso, o Sindicato é contra essa política e vai lutar  para garantir o emprego de cada um dos trabalhadores”, disse o presidente Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

A GM também segue em dívida com os trabalhadores e com toda a cidade de São José dos Campos. Em janeiro de 2013, a montadora assinou com o Sindicato um acordo que previa investimentos da ordem de R$ 3 bilhões na cidade. Na época, a discussão foi acompanhada de perto pelo poder público, imprensa e população.  Mais de um ano depois, a empresa ainda não garantiu o cumprimento do acordo.

Campanha Salarial

As negociações entre os Sindicatos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos e o grupo patronal do setor de autopeças e fundição começaram nesta quarta-feira, dando início ao calendário de reuniões. Na quinta-feira, será a primeira rodada com o setor de eletroeletrônicos e máquinas.

A pauta dos trabalhadores das montadoras foi entregue ao Sinfavea (Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões e Automóveis).  Na base do bloco unificado dos metalúrgicos haverá negociações com GM, Toyota, Honda, Mercedes-Benz e Chery.  Ainda não foram agendadas as primeiras reuniões do setor.

O bloco unificado representa 157 mil trabalhadores de todos os setores metalúrgicos.

A categoria reivindica 12,98% de reajuste salarial (inflação mais 5,9% de aumento real), estabilidade no emprego, piso do Dieese (R$ 2.979 em junho) e ampliação de direitos. Este ano, além dos índices econômicos, também serão discutidas as cláusulas sociais do acordo coletivo. Estarão em pauta, por exemplo, redução da jornada para 36 horas sem redução de salário, mais direitos para as mulheres, delegados sindicais e fim do assédio moral.

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