Megacycle – De quem é a culpa?
Caros amigos internautas, boa tarde, no último sábado (28-02) estivemos em Campos do Jordão para a cobertura do Evento “Megacycle em Campos do Jordão” e para nossa surpresa ao chegar ao local do evento encontramos os portões lacrados para o espaço destinado ás montadoras que compraram espaço para expor suas máquinas e o espaço externos fechado também.
Chegamos por volta das 13 horas em Campos do Jordão e até aquele momento não recebemos nenhum comunicado dos organizadores do evento sobre o que ocorria em Campos do Jordão.
Conversamos com diversas pessoas que estavam expondo e trabalhando no evento e todas elas foram unânimes ao dizer que desde sexta-feira á noite não tinha o “alvará de funcionamento”. Como pode um evento ser organizado, ser vendido espaços, sem que o principal documento de liberação ter sido aprovado pelos governantes locais. Por isso perguntamos no início desta matéria, “De quem é a culpa?”
Nesta segunda-feira recebemos o “Comunicado Oficial” por parte dos organizadores, vejam em sua íntegra e tirem suas conclusões:
COMUNICADO OFICIAL
A MEGACYCLE, depois de 22 anos de existência, e mais de 150 eventos realizados, caiu em uma armadilha na cidade de Campos do Jordão. Fomos convidados pelo Prefeito Fred a realizar o evento em sua cidade, em um novo pavilhão, na baixa temporada, a fim de trazer divisas para o local.
Em função do prédio onde se daria o evento não possuir alvará de bombeiro, a vistoria seria feita juntamente com a vistoria do evento, ou seja, um dia antes da abertura das portas como é de praxe e manda a lei.
Só para informação: já haviam ocorridos outros eventos na mesma instalação, sem que tivesse sido solicitado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, do prédio.
No entanto, diante de uma manobra do capitão e do bombeiro, não fizeram, como manda a lei, a vistoria na quinta-feira, 26/02/2015, véspera da abertura do evento. Deixaram o MEGACYCLE funcionar até a tarde de sexta-feira, 27/02/2015, quando então vieram vistoriar. Solicitaram algumas providências, também de praxe, que foram providenciadas.
Enquanto isso, em vez de fazerem nova vistoria, como manda o regulamento, o Capitão Prolungati, que deveria fazer o seu papel, servir e proteger levou as solicitações do bombeiro pedindo o encerramento do evento ao Promotor Henrique Lucas de Miranda, que por sua vez, encaminhou ao Juiz Mateus Veloso Rodrigues Filho, que emitiu, no apagar das luzes do fórum, às 19h de sexta-feira (27/02/2015), uma liminar suspendendo a continuidade do evento, com multa de R$150.000,00 por dia, em caso de descumprimento, alegando que havia riscos aos visitantes.
Claro que eles sabiam que o Prefeito não teria tempo de recorrer da decisão em tempo hábil. O Pavilhão estava apto no próprio dia 27/02/2015. No entanto, o bombeiro só voltou para nova vistoria no sábado, 28/02/2015, às 11h15 quando aprovou as solicitações de mudança, que poderiam ter sido aprovadas no mesmo dia.
Não havia o que recusar!
Afinal, ele já havia autorizado eventos no mesmo local sem o devido laudo. Foi necessária a ida do Prefeito à São Paulo para que um Desembargador revogasse tal decisão, pois o Juiz, que deveria revogar, não foi encontrado.
O que foi conseguido, infelizmente, somente na manhã deste domingo, 01/03/2015, quando já era tarde demais. A MEGACYCLE, em nome de todas as empresas que foram lesadas, espera uma solução de forma amigável.
No entanto, procuraremos salvaguardar nossos direitos na justiça contra todos os envolvidos, buscando, através de nossos advogados, ressarcimento por todos os prejuízos sofridos. No decorrer do mês de março, tomaremos as medidas judiciais cabíveis. Estamos prontamente a disposição dos motociclistas, expositores e parceiros, para esclarecer todas as dúvidas.
Megacycle Eventos
Vocês viram acima a informação vinda dos organizadores, mas a pergunta ainda permanece em alta, “De quem é a culpa?” e agora temos uma segunda; “Quem irá ressarcir as empresas que estiveram em Campos do Jordão e tiveram despesas com o evento?.
Mais uma vez, vemos que as coisas não acontecem em nosso território e isso faz com que as montadoras e empresas de grande e pequeno porte se afastem de quem faz um trabalho honesto e justo. Não foi só um evento que não ocorreu, pois esse não foi o primeiro a ser cancelado esse ano por órgãos públicos. Será que só ocorrem depois de pagamento de propinas?
No aguardo do desenrolar dos fatos, para elucidar melhor esse acontecimento.