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Histórias do Automobilismo – Steve McQueen e seus amores.

Caros amigos da Veloxtv, nesta semana vamos falar de um dos nomes mais famosos da história automotiva, Steve McQueen e seus amores, ator em Hollywood e a velocidade nas pistas.

 

Você sabia que Steve McQueen era disléxico e quase surdo, por causa de uma infecção auricular, na infância? Pois é: o ator que cultivou, nos anos 60 e 70, uma notável aura de anti-herói, era, sem dúvida, a pessoa menos fisicamente preparada para tudo aquilo que, ao fim e ao cabo, o tornou famoso: Terrence Steven McQueen é ainda hoje recordado por papéis em filmes como “Torre do Inferno” e “Bullitt” e, também, pela sua enorme paixão pelas corridas de motos e automóveis. O seu papel em “Torre do Inferno” tornou-o no ator mais bem pago daquela época (1974) mas, na verdade, no sangue corria-lhe desde cedo a adrenalina do risco e da velocidade.

 

O seu pai William era duplo num circo voador, mas abandonou a família quando Steve tinha seis anos. Entregue aos frágeis cuidados de uma mãe rebelde e alcoólica, depressa se viu à guarda dos avós maternos – que o trataram até o deixarem, por sua vez, na quinta de um tio. E foi aqui que Steve retirou as felizes imagens que, mais tarde, nortearam a sua vida e personalidade. O seu tio Claude deu-lhe, como prenda de anos, um triciclo motorizado – do qual rapidamente aprendeu a retirar o máximo rendimento. Aos oito anos, foi viver para os arredores de Indianápolis e, aos 12, para Los Angeles. Estavam reunidos os ingredientes que fizeram de Steve McQueen um dos mais brilhantes atores e, em simultâneo, um piloto aguerrido, que jamais desistia, mesmo em condições de sofrimento. Como aquelas 12 Horas de Sebring de 1970, que McQueen disputou com Peter Revson em um Porsche 908, com um pé partido em seis lados, depois de uma queda de motorizada, duas semanas antes.

 

O nome de Steve McQueen, na verdade, sobreviveu às suas peripécias ao volante de carros de competição e do Ford Mustang em “Bullitt”. No imaginário dos amantes do cinema e, principalmente, dos automóveis, Steve McQueen é sinônimo do filme “Le Mans” talvez o mais famoso sobre corridas de automóveis alguma vez feito, depois do mítico “Grand Prix” (1966). Rodado durante as 24 Horas de Le Mans de 1970, prova onde o ator norte-americano quis correr com um Porsche 917, fazendo dupla com Jackie Stewart, funcionou como uma espécie de revanche pela recusa dos organizadores em aceitar a inscrição do carro nº 26.

 

No filme, dirigido por Lee H. Katzin, McQueen interpreta o papel principal, o de Michael Delaney e é mostrado a iniciar a corrida ao volante do Gulf Porsche 917 Knº 20 – que, na realidade, foi pilotado na prova por Jo Siffert e Brian Redman. ‘Le Mans’ é um ícone das lutas entre o carro alemão e os Ferrari 512, na altura os mais emblemáticos carros esportivos da época. Durante a prova, em que foi sacrificado um Lola T70, o britânico perdeu parte de uma perna num acidente.

 

Quando se tratava de motos, McQueen preferia as britânicas. Mais especificamente, as motos da Triumph. E ele tinha bons motivos para isto: foi montado em cima de uma Triumph Bonneville que Steve McQueen gravou o filme que consolidou sua carreira, “Fugindo do Inferno” (The Great Escape) em 1963.

 

O nascimento do ícone

A moto em questão é uma Triumph Bonneville, e a cena do salto é considerada uma das manobras mais bem executadas do cinema. McQueen pilotou a moto ele mesmo na maioria das tomadas, mas o salto em si foi realizado por Bud Ekins, que era dublê e amigo pessoal do ator – e, de longe, até era parecido com Steve McQueen. Isto porque a seguradora de McQueen se recusou a deixá-lo saltar ele mesmo.

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