Fórmula E – Sérgio Sette tem segunda rodada complicada no Mundial.
Neste sábado (28) foi concluída a segunda rodada do Campeonato Mundial de Fórmula-E. A pista montada nas ruas da cidade de Diriya, na Arábia Saudita, recebeu mais uma prova bastante movimentada para o fechamento da passagem da competição pelo Oriente Médio.
Competindo no carro #3 da equipe chinesa NIO333 Racing o piloto brasileiro Sérgio Sette Câmara teve uma etapa de difícil adaptação com o novo carro GEN3 da equipe. Mesmo tendo conseguido o 11º tempo no único treino livre, na sessão classificatória ele não conseguiu extrair o desempenho esperado do carro e, com isso, se classificou para a corrida apenas na 13ª posição.
“Não estou conseguindo me adaptar de forma correta aos freios do nosso carro. O carro é muito rápido e as reações precisam ser extremamente precisas. Meu carro saía muito de frente e, com isso, eu precisava frear bem antes para conseguir contornar as curvas. Assim, acabei perdendo tempo uma vez que não consiguia carregar a velocidade ideal na retomada da aceleração. Já que não estamos numa boa posição para a corrida, eu e meus engenheiros decidimos por seguir para um estilo de setup completamente oposto ao que vínhamos usando. Deste modo teremos dados novos para analisar e, no fundo, usaremos a corrida como uma espécie de treino para o restante da temporada”, explicou.
Com um carro completamente diferente do que havia participado da tomada de tempos Sérgio seguiu para a segunda corrida do fim de semana. Após boa largada o piloto conseguiu ganhar uma posição e se posicionou para uma prova de recuperação. Contudo, o que se viu no desenrolar das voltas é que o carro #3 não conseguia acompanhar o ritmo dos adversários à sua frente e, com isso, não demorou a ser superado. Com o mesmo profissionalismo de sempre Sette Câmara concluiu as 40 voltas da corrida e recebeu a bandeirada na 17ª posição.
“Fizemos um teste de setup do carro, mas, infelizmente não deu certo. O que já não estava bom acabou se mostrando ainda pior e, como dizemos na linguagem do automobilismo, deu uma ré maior ainda. O carro é completamente novo para todas as equipes e, assim como nós, vários outros times estão tendo algum tipo de problema de adaptação. Vamos voltar agora para a sede do time, analisar cuidadosamente todos os dados coletados e, com base nisso, estudar as melhores soluções para a corrida da Índia. Acredito que teremos uma boa velocidade por lá e, como a pista é novidade para todas as equipes, penso que poderemos almejar resultados mais significativos”, concluiu o piloto de 24 anos.
A quarta etapa do Campeonato Mundial de Fórmula-E será disputada em Hydebrad, na Índia, no dia 11 de fevereiro.