Fórmula 1 – Os custos da categoria aumentaram em torno de 15% se comparado com a temporada de 2016.
Os custos da nova temporada da Fórmula 1 aumentaram para todas as equipes, em um valor total de 14.5%. A Force India é das equipes que mais esta sofrendo e nesse contexto apresentou prejuízos de mais de 13 milhões de euros. De tal forma que teve de ir buscar dinheiro a Nikita Mazepin, piloto russo da formação de Silverstone, cujo pai é bilionário, segundo revelou Christian Sylt da BBC. Resta saber as contrapartidas…
A Mercedes, a última equipe a apresentar o seu relatório e contas, aumentou os seus gastos em 10.7%, ou seja, para cerca de 309 milhões de euros. Toto Wolff justificou estes aumentos devido aos “novos regulamentos técnicos e das despesas com a libra esterlina”.
Na Force India, o acordo com o jovem piloto russo Mazepin ajudou muito a equipe, mas mesmo assim não evitou os elevados prejuízos devido aos novos “componentes aerodinâmicos e a mudança do tamanho dos pneus, que nos fizeram ter de mudar cerca de 90% do monoposto em relação ao ano passado.
Segundo o Pitpass, a Red Bull também precisou reforçar o seu financiamento, com a própria marca de bebidas energéticas com cerca de 41 milhões de euros, um aumento superior quatro vezes em relação ao ano anterior.
A Haas foi a única equipe, das que apresentaram contas, ou seja, todas menos a Sauber (que, por ser Suíça, não é obrigada a apresentar contas, segundo a lei do seu país), a conseguir conter os custos. A Haas usa motores Ferrari e chassis Dallara, não tendo de gastar tanto como as outras equipes em pesquisa e desenvolvimento, sendo esta a justificação para os custos mais controlados.
A Liberty Media deve apresentar, no próximo mês, um orçamento máximo por temporada para as equipes, falando-se que o mesmo rondará os 150 milhões de dólares (quase 127 milhões de euros). Este valor parece ser do agrado da maioria das equipes, com destaque para Bob Fernley, da Force India, que é um dos maiores defensores desta medida, mas claramente vai “bater na trave” pois basta olhar para o valor que gastou este ano a Mercedes para perceber como vai ser possível reduzir a menos de metade o seu orçamento, sem que isso acarrete problemas da mais variada ordem.
É certo que o tão falado teto orçamental só poderá vigorar depois de algum tempo (era completamente impossível que entrasse em vigor para o próximo ano) e o mais certo é as equipes acordarem num plano baseado de redução, provavelmente até 2020, e em 2021, quando entrar em vigor o novo regulamento, então sim partir duma base mais realista.