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Fórmula 1 – Morreu Paul Rosche, o homem que levou a BMW à categoria.

Paul Rosche, um dos mais prolíficos engenheiros de motores para competição, morreu ontem, aos 82 anos de idade. Rosche foi o responsável pelos motores turbo que permitiram a Nelson Piquet conquistar o segundo título de campeão na Fórmula 1. Também criou os propulsores que equiparam carros lendários como o 2002 ti, o M1, o M3 e o McLaren F1.

Nascido em Munique em 1934, Paul Rosche saíu diretamente da universidade para a BMW, em 1957, que foi a sua casa durante 42 anos. Rosche começou a sua carreira trabalhando para Alex von Falkenhausen, o histórico diretor das operações de competição da marca alemã nos anos 50, 60 e 70. Rosche pegou no bloco criado pelo seu chefe e transformou-o numa versão apropriada para corridas, usado no 2002, conquistando vários triunfos e títulos no Campeonato Europeu de Turismo.

Em 1973, o motor de 2 litros foi modificado por Rosche para correr na Fórmula 2, com dupla árvore de cames e cabeça de 16 válvulas. Gerando cerca de 300 cv, conquistou seis títulos europeus de F2 entre 1973 e 1982, e foi também usado no 320i de Grupo 5. Versões turbo, com 1,4 litros, foram usados no 320i, que foi campeão do DRM (antecessor do DTM) em 1978. Também trabalhou no motor 3.5 que foi usado no M1, o primeiro supercarro da BMW.

Em 1980, Paul Rosche rendeu Alex von Falkenhausen aos comandos da BMW Motorsport, e usou o motor 1.4 turbo de Grupo 5 como base para levar a BMW de volta à Fórmula 1, depois do sucesso da Renault com o seu V6 turbo de 1,5 litros. O motor estreou com a Brabham em 1982, um propulsor turbo de quatro cilindros e injeção eletrônica que gerava 800 cv a partir de 1500 cm3 de cilindrada.

No ano de estreia, conquistou a primeira vitória com Piquet e Patrese em primeiro e segundo, no GP do Canadá, e no ano seguinte, Piquet sagrou-se campeão mundial de F1 pela segunda vez. A BMW permaneceu na F1 até 1987, com nove vitórias, Rosche afirmando que “devia debitar 1400 cv. Não sabemos ao certo porque o dinamômetro não passava dos 1280”.

Depois da saída da F1, Rosche continuou envolvido na competição, onde supervisionou o propulsor do BMW M3, preparado para Grupo A, debitando 295 cv com 2,3 litros, juntando tecnologia do M1 e do motor de F1. Também foi responsável pelo V12 que foi usado no McLaren F1 GTR e no BMW V12 LMR, vencendo as 24 Horas de Le Mans em 1995 e 1999, respetivamente. Nessa fase, já tinha reencaminho a BMW de volta à F1, mas retirou-se definitivamente em 1999, antes da estreia com a Williams.

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