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Fórmula 1 – Em 2021 teremos a volta de uma parceria de sucesso no passado Mclaren – Mercedes.

Foi com alguma surpresa que foi recebida a notícia do retorno da parceira McLaren Mercedes para 2021, um contrato de duração de três temporadas.

 

A decisão teria sido tomada por Andreas Seidl, cuja primeira tarefa quando chegou à McLaren terá sido apresentar uma lista de itens onde a equipe deveria melhorar para chegar ao topo. Um novo túnel de vento foi um dos primeiros pedidos e a troca de motores chegou pouco depois. Seidl é o homem responsável por esta decisão e terá de arcar com as consequências no futuro. Seidl mostrou coragem para mudar, o que é bom num líder.

 

Mas os primeiros sinais mostram logo à partida que a Renault continua desapontando a todos. A mudança da McLaren da Honda para a Renault terá sido feita para agradar Fernando Alonso e encontrar uma solução a curto prazo, o que se revelou infrutífero. A Honda ainda está longe do topo, mas a decisão da McLaren em deixar a Renault mostra que os homens de Woking não estão convencidos que a marca francesa também chegue ao nível que precisam.

Cyril Abiteboul disse que a ambição da McLaren não é a mesma da Renault… resta saber o que pretende dizer o francês, pois a McLaren optou pelo melhor motor dos últimos cinco anos, apenas suplantado pela Ferrari este ano (ou a meio do ano passado, para ser mais exato). A Renault ficará assim reduzida para fornecer motores apenas à sua equipe, o que não deixa de ser significativo. Numa F1 onde 10 equipes dependem de quatro fornecedores, a Renault fornecer apenas a sua equipe mostra que algo está ruim. O futuro da Renault é agora cada vez mais incerto, pois esta separação é um mau golpe de marketing para a marca que, apesar de estar num grupo forte no mundo do automobilismo, nunca pareceu disposta a fazer loucuras, nem tem apostado as suas fichas de forma eficaz. Há muitas questões a serem colocadas na Renault e os responsáveis (mais uma vez) terão de avaliar muito bem o futuro e limar as arestas.

 

Para a McLaren é um retorno ao passado. Um retorno a uma parceria que rendeu, um titulo de construtores, três títulos de pilotos em 351 GP, com 78 vitórias e 76 poles. Foi a McLaren feliz com a Mercedes? Não foi um conto de fadas e os resultados nem sempre foram os melhores (alguns motores germânicos claudicaram em momentos cruciais). Mas foi a parceria mais estável e que permitiu o ressurgir da equipe após a era Honda, a que se sucederam alguns anos de experiências menos conseguidas.

 

Mas se a McLaren quer chegar ao topo, faz sentido ter um motor Mercedes? Faz. A Mercedes tem um motor vencedor e que permitirá à McLaren aproximar-se do topo ou até chegar lá. E a ideia de Andreas Seidl parece ser interessante. Primeiro quer-se focar em percorrer o caminho com as melhores ferramentas à disposição. Depois disso serão tomadas decisões, que permitirão a “instalação” da equipe entre as melhores.

 

Mas esse cenário é ainda algo distante e se o motor Renault não serve para a tarefa, o motor Mercedes é a única opção que resta para a equipe britânica. Para a McLaren ser uma candidata crônica ao título, idealmente teria um fornecedor único, ou mais dedicado, o que se pretendia com a Honda. Mas ainda estamos algo longe desse cenário. Para chegar lá é preciso muito trabalho. Garantir a melhor opção possível de motor neste momento é uma forma inteligente e sensata de percorrer o caminho. E no futuro quem sabe a McLaren consegue atrair um construtor de motores e então continuar com o plano que Ron Dennis idealizou, mas desta vez sem percalços.

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