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FIA WEC: Toyota surpreendida com a falta de rendimento dos adversários.

A vitória da Toyota em Spa foi a todos os níveis clara e indiscutível. Foi claramente o melhor inicio de temporada que poderiam ter, com uma dobradinha, mesmo com um carro saindo dos boxes e recuperando uma volta de atraso. A vitória do carro de Alonso foi também algo de positivo para a marca e para o campeonato, com  o “hype” do espanhol aumentando ainda mais a visibilidade do WEC. Correu tudo bem, quase como se fosse planejado.

 

Os responsáveis da Toyota afirmaram que a falta de rendimento dos privados surpreendeu e que esperavam mais da concorrência.  Rob Leupen justificou as diferenças de ritmo e espera lutas mais rendidas em Le Mans:

 

“Estamos um pouco surpreendidos com a distância que ficaram os privados. Não esperávamos que eles estivessem tão longe”, disse Leupen ao site Motorsport.com. “Mas temos algumas vantagens aqui que não teremos em Le Mans. A nossa aceleração é mais significativa aqui do que será em Le Mans. Aqui temos 6.1MJ para 7km, em Le Mans teremos 8MJ por 13km. O feedback dos pilotos é que o SMP (BR Engineering BR1) é muito rápido. Eles usaram o kit “low-downforce”, ao contrário da Rebellion que foi muito forte no setor dois. Acho que está tudo em aberto. A questão agora  é qual o caminho da EoT . Vamos ver o que a FIA e a ACO fazem com isso.”

A surpresa só existe por parte da Toyota pois desde a pré-temporada que as equipes privadas apontaram o poderio dos Toyota como um fator a ter em conta. As diferenças de 1.8 seg entre o melhor Toyota e o melhor privado em qualificação (1.3 em corrida) são significativas e dificilmente podem ser disfarçadas. a Rebellion já avisou que o modelo vigente não é atrativo. Calim Bouhadra, Vice-Presidente da Rebellion pediu uma revisão no EoT: “Os nossos carros mostraram uma performance boa e temos o nosso lugar no topo da competição. Mas o campeonato não será atraente se a vantagem dos híbridos não for revista.”

 

Se  por um lado, os LMP1 privados deram mostras ainda de estarem “verdes”, o que é normal nesta fase em que é preciso ainda muito trabalho para amadurecer as máquinas, ao contrário dos Toyota que já têm uma experiência muito superior a todas as outras equipes, por outro as diferenças tão grandes na primeira prova não são boas para o campeonato. O WEC passou por uma fase de indefinição mas agora tem o que é preciso para retornar com muita força. Mas para isso precisa convencer os privados de que vale a pena investir no campeonato e que terão hipóteses de vencer, mesmo contra equipes oficiais. E neste momento não é isso que parece. Foi este interesse dos privados que permitiu voltar a ter uma grid de LMP1 com um número interessante e, como tal, será bom não desperdiçar esse interesse.

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