FE: problema técnico tira de Lucas a pole e a chance de lutar pela vitória.
Atual campeão mundial da Fórmula E, Lucas Di Grassi teve novamente uma atuação impecável durante a terceira etapa do torneio, disputada neste sábado (13) no Circuito Internacional Moulay El Hassan, na cidade marroquina de Marrakesh. Mas um problema técnico no motor do Audi e-tron FE04 acabou tirando do brasileiro tanto a pole position quanto a chance de brigar por sua sétima vitória na categoria. “Nosso carro estava muito bom em termos de desempenho, tanto que fui o mais rápido no primeiro treino e meu parceiro, Daniel Abt, foi o mais veloz no segundo. Contra um defeito que não se consegue solucionar, o piloto não tem o que fazer. Mas continuo confiante na nossa equipe e no trabalho que estamos realizando para 2018. Fiquei especialmente triste por que nesta corrida o público me elegeu entre os três pilotos que receberam o fanboost. Agradeço a todos o apoio e espero retribuir a altura na próxima corrida”, resumiu Di Grassi.
Depois de ter sido o mais veloz no treino de abertura e de ter ficado em segundo no treino seguinte, Lucas foi para as tomadas de tempo no primeiro dos quatro grupos que a organização divide o grid. Com a pista suja de areia e ainda pouco emborrachada, o brasileiro cravou uma volta impressionante apesar das condições, que permaneceu como a melhor até ser superada pelo sueco Felix Rosenquist e terminar a primeira fase da classificação como o segundo melhor entre os 20 carros inscritos. “Até este momento estava tudo perfeito, pois mesmo entrando na pista no primeiro grupo, com a pista ainda menos emborrachada, fui para a fase final da classificação, a superpole, com chances iguais aos demais concorrentes. Toda a equipe estava confiante de que tínhamos chances reais de cravar essa pole”, explicou o brasileiro.
Lucas foi o penúltimo a entrar na pista na superpole – e novamente foi impecável. No primeiro dos três trechos em que se divide a pista para fins de cronometragem, o piloto da equipe Audi Sport ABT Schaeffler foi nada menos que 0s8 mais veloz que a volta do pole position Sebastien Buemi. Tudo indicava que a pole estaria no horizonte de Lucas, mas já no segundo trecho o motor passou a apresentar falhas com um perfil semelhante ao acontecido na etapa anterior, Hong Kong. No traçado de rua chinês, o brasileiro teve que abandonar a corrida. A partir do defeito em Marrakesh, o carro passou a andar muito lentamente – tirando de Lucas a chance de conquistar sua quarta pole na categoria.
Na corrida, devido ao problema técnico na classificação Lucas teve que largar em quinto. Depois de um início de prova bastante agitado, o brasileiro passou a trabalhar sua estratégia de fazer ultrapassagens para chegar nas voltas finais em condições de conquistar a vitória – uma progressão muitas vezes vista em uma categoria cheia de alternativas, como a Fórmula E. Na sétima volta, quando já ocupava a quarta posição, o problema técnico voltou a aparecer, obrigado o brasileiro a abandonar a corrida.
“Novamente o carro estava bem e nosso acerto parecia ser o ideal para esta pista”, comentou Lucas. “De repente, o motor perdeu potência e o carro praticamente parou. Tentei retomar a corrida, mas o carro não respondia aos meus comandos. A equipe chegou a pedir para que eu desligasse tudo e tentasse reiniciar o motor, mas já era tarde demais. Fui para o box e fim de história. Toda a equipe técnica está intrigada com o que está acontecendo. Agora teremos 20 dias até a próxima etapa para tentar solucionar isso. Confio na equipe, vamos arregaçar as mangas para isso não se repetir mais”, finalizou Lucas Di Grassi.
A vitória na corrida foi do sueco Felix Rosenquist. A quarta etapa da temporada será disputada no dia 3 de fevereiro e marcará a estreia do traçado de rua de Santiago, no Chile.