Coluna da Sétima Arte – Pernas, pra que te quero!
Baseado no Best-Seller de James Dashner, esse thriller futurista tem tudo para agradar
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Fox
De acordo com os futurólogos e escritores especializados no apocalipse, o que nos espera nos próximos anos não é nada bom. Mas isso não é de hoje, que um dia vamos acabar com a Terra e tudo que vive na sua superfície, é fato, só não conseguimos ainda precisar a data, que pode ser daqui a 10, 100, 1.000 ou mesmo 1.000.000 de anos, meses, dias ou horas. E como faremos tal proeza de acabar com o nosso planeta? Isso não se sabe, mas uma coisa é certa, vamos voltar a viver como viviam os homens das cavernas, até porque, Albert Einstein, que sabia das coisas, disse: “Não sei como será a terceira Guerra Mundial, mas posso te dizer como será a Quarta: Com paus e pedras.”.
O mistério que nos reserva o futuro é o ponto chave para Maze Runner – Correr ou Morrer (Gotham Group; Temple Hill Entertainment; FOX) uma visão do apocalipse pelos olhos de garotos jovens, cheios de testosterona, que são relegados a uma vida de desconforto e adaptação ao meio ambiente.
Thomas (Dylan O’Brien, um dos mais promissores novos talentos) acorda preso em um enorme labirinto com um grupo de outros garotos e sem memória do mundo exterior a não ser por estranhos sonhos sobre uma misteriosa organização conhecida como C.R.U.E.L. Apenas ao explorar os fragmentos de seu passado com pistas que ele descobre no labirinto, Thomas poderá descobrir seu verdadeiro propósito e uma maneira de escapar. O equilíbrio já estava abalado com a grande curiosidade do novato, e acaba de vez quando aparece Teresa (interpretado pela inglesa Kaya Scodelario) que coloca literalmente fogo no pavio.
O jovem elenco até que se sai muito bem nessa montanha russa de ações e emoções, as falas são na verdade mais referenciais que teatrais, não interferem, na maior parte do filme, nas ações e reações. É um filme de novatos: é o primeiro longa do diretor Wes Ball, é o primeiro roteiro para cinema do jornalista e escritor Noah Oppenheim, mas na outra ponta, tem gente de bagagem.
Um exemplo é a produtora Ellen Goldsmith-Vein, uma das mulheres mais poderosas de Hollywood, dona e CEO do Grupo Gotham empresa que representa 500 diretores, roteiristas, produtores, autores, ilustradores e editores do mais alto nível, além de produzir vários filmes e animações de cinema e televisão; na direção de fotografia está o equatoriano Enrique Chediak (Red 2 – Aposentados e Ainda Mais Perigosos, 127 Horas, entre outros); e outro craque desse time é o montador Dan Zimmerman, filho do famoso editor Don Zimmerman, que tem no currículo A Profecia, Aliens vs. Predador 2, Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer, só para citar como exemplo.
Essa turma não teve vida mansa, durante as filmagens e mesmo antes delas começarem. Para se ter um exemplo, o cenário da Clareira é uma fazenda em St. Francisville, Louisiana, um lugar bonito e afastado que apresentou diversas dificuldades para os cineastas e o elenco, entre elas vários tipos de cobras venenosas, insetos, mosquitos, muriçocas, muito calor, muita umidade, chuva, lama, um verdadeiro inferno.
Antes das três semanas de filmagem, o diretor submeteu seu jovem elenco a um treinamento de sobrevivência, e uma noite em que acamparam no mato tornou-se inesquecível devido a uma tempestade que os pegou de surpresa. É um aspecto interessante a oportunidade de se eliminar a tecnologia e apenas viver no mato, com isso criou-se um vinculo maior entre os atores.
O filme Maze Runner – Correr ou Morrer estréia nessa quinta-feira nos cinemas brasileiros, é o tipo certo de diversão para quem curte aventuras sem fim definido, e assim como o nosso futuro, o que estará por vir?
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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