Bruno Senna pode ser fiel da balança na decisão do WEC.
Já sem chances de conquistar o título, consequência dos abandonos em Le Mans e Interlagos, Bruno Senna e seus companheiros no Vantage nº 99 podem ser os fieis da balança na decisão da classe GTE Pro do Mundial de Endurance. O campeonato organizado pela FIA chega à 8ª e última etapa no fim de semana com as 6 Horas do Bahrein e as três marcas – Aston Martin, Ferrari e Porsche – continuam no páreo, da mesma forma que os pilotos oficiais de cada uma – Stefan Mücke-Darren Turner, Giancarlo Fisichella-Gianmaria Bruni e Richard Lietz-Marc Lieb. Ocupando a quarta colocação de forma isolada, Bruno – que repetirá a formação da China com o neozelandês Richie Stanaway e o português Pedro Lamy – pode até terminar como vice em seu ano de estreia no calendário de corridas de longa duração, mas depende de uma improvável combinação de resultados.
Bruno chegou ontem ao Bahrein e nesta quarta-feira foi fazer o habitual reconhecimento do circuito de Sakhir. Com três vitórias (uma na divisão GTE Am) e dois segundos lugares, sabe que a Aston Martin está obcecada com a possibilidade de levantar os dois torneios para coroar a comemoração de seu centenário. E não foge da responsabilidade. “Vim aqui para marcar o maior número de pontos possível. O ideal seria ganhar e fazer a dobradinha com o Turner e o Mücke, mas todos tem chances de vencer”, afirmou, lembrando que a Ferrari dominou a prova em 2012.
Como se tornou marca registrada da categoria, a corrida deverá ser pautada pelo equilíbrio desde a sessão classificatória desta sexta-feira – a largada, no sábado, está prevista para as 10 horas (Brasília). As equipes oficiais estão totalmente concentradas na decisão e não mediram esforços para alcançar os objetivos. A Ferrari, por exemplo, mudou as duplas para ampliar as chances. No deserto barenita, Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni se separarão e dividirão o cockpit, respectivamente, com Kamui Kobayashi e Toni Vilander. “Ficou ainda mais difícil para nós. Eles vão vir com tudo”, afirmou Bruno, ao tomar conhecimento das novidades no time italiano.
A Porsche, que chegou a liderar o campeonato e agora ocupa a terceira posição, também se reforçou para a batalha final. O modelo 911 RSR correrá com a evolução projetada para a próxima temporada. “Eles estão trabalhando muito forte na traseira do carro”, disse Bruno. “Como o regulamento permite, vieram testar o carro aqui antes da etapa de Xangai”, lembrou o piloto brasileiro, dono de quatro poles até aqui.
Entre os pilotos, o alemão Mücke e o inglês Turner encabeçam a classificação com 125 pontos, contra 120 dos italianos Fisichella e Bruni e 110 do alemão Lieb e do austríaco Lietz. Bruno soma 94. No campeonato de equipes, que considera somente o melhor resultado de cada marca nas etapas, a Aston Martin lidera com 128,5, enquanto a Ferrari vem em segundo com 120 e a Porsche está em terceiro com 113.
Nesta quinta-feira, dois treinos livres com duração de 90 minutos cada abrirão a programação oficial.