Avaliação Veloxtv – Honda Civic Sport MT, uma dirigibilidade ímpar e um sonho de consumo acessível.
Amigos da Veloxtv esta semana apresentamos a nossa avaliação do “Honda Civic Sport MT 2.0” com o novo formato de informações para vocês; apaixonados por carros e velocidades.
Nossa Avaliação:
Nas avaliações da equipe da “Veloxtv”, a décima geração do Civic chamou atenção pelo comportamento nas curvas, só que isso não é novidade para quem sempre teve boa fama entre aqueles que gostam de dirigir. A elogiada suspensão traseira multilink continua ali, mas agora vem acompanhada da vetorização de torque e da direção variável, que fica mais direta conforme o esterçamento.
O câmbio automático é mais prático e confortável na cidade, mas a verdade é que a transmissão manual ficou tão bem acertada que não cansa e acaba oferecendo o mesmo conforto no dia a dia, mesmo que você pegue muito trânsito no caminho. O curso bem curto com engates precisos e a alavanca posicionada mais próxima do condutor tornam a dirigibilidade ágil. Trocar as marchas parece até automático ao volante do Civic.
A alavanca de câmbio é próxima do volante graças ao console elevado, uma posição que lembra o Toyota GT-86. Os engates curtos e (muito) precisos fazem a alegria de quem quer provocar o 2.0 flex de 155 cv e 19,5 kgfm – a marca não divulga o zero a 100 km/h. Pena que os pedais não sejam um pouco mais próximos para os “pilotos” brincarem de punta-tacco.
Pedimos a você, possível comprador que aproveite para testar um pouco mais os ânimos do sedã. O limite demora a chegar e os controles eletrônicos não fazem o tipo superprotetor – a perda de aderência dos pneus vem antes da carroceria pensar em desequilibrar. Se continuar com a provocação, o modelo responderá com pouca saída de dianteira, quase com o movimento lateral que é típico dos carros com tração integral.
O conjunto ficou tão bem acertado que não são necessárias muitas reduções e o Civic arranca com empolgação. E se você subir um pouco mais os giros para trocar as marchas, ah, aí brota um sorriso no rosto.
Quanto ao consumo, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, ele roda 7,1 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada com etanol. Nada mal. Rodando em congestionamentos e com o ar-condicionado ligado, porém, o computador de bordo registrou média de 7,5 km/l, bem acima do informado pelo INMETRO; entretanto isso depende da forma de condução de cada motorista e a forma com que o mesmo ataca o acelerador.
No mais, a versão Sport apresenta as mesmas qualidades das outras configurações, com suspensão confortável, oferecendo a maciez na medida certa. A direção elétrica é precisa e responde bem aos comandos.
O revés da versão manual do Civic é o potencial de mercado reduzido. Se esse detalhe o preocupa, então é melhor não experimentar esse carro. Caso contrário, é bastante provável que a sua emoção tome conta da decisão.
A 120 km/h, pelo benefício da sexta marcha, que funciona como um overdrive, o modelo consegue se manter pouco abaixo das 3.000 rpm, o que aumenta o conforto ao dirigir.
Equipamentos de série
O Civic Sport vem com direção elétrica, airbags frontais, laterais e de cortina, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em aclive, ar-condicionado digital, freio de estacionamento eletrônico, faróis de neblina, luzes diurnas de LED, controlador de velocidade, função Hold (mantém o carro freado sem necessidade de ficar pressionando o pedal), botão ECON (melhora de 15% a 20% o consumo), central multimídia com tela de 5”, Bluetooth, USB e comandos no volante, câmera de ré e isofix.
Acabamento e espaço interno
Não há o que dizer do interior do Civic. Ele continua com um ótimo acabamento, agora com um quadro de instrumentos mais moderno, ainda que a cabine mantenha o estilo sóbrio dos Honda. Na opção de entrada, há bancos de tecido e velocímetro digital para criar um apelo mais esportivo. Aliás, mudam também as rodas e a grade frontal, ambos em preto. Pena que a tela da central multimídia seja pequena.
Com 4,63 m de comprimento e 2,7 m de entre-eixos – são 3 cm a mais que seu antecessor -, o sedã tem bastante espaço para pernas e cabeça de quem vai no banco traseiro. Um diferencial da versão Sport é o porta-malas, com capacidade para 525 litros contra os 519 litros das demais configurações – a diferença se dá em função do acabamento nas alças da tampa.
Vale a pena comprar o CIVIC SPORT MT?
Sim, vale a pena, e em nossa análise os entusiastas que realmente colocam o prazer ao dirigir acima do conforto, já que sedãs com transmissão manual têm se tornado cada vez mais raros no mercado nacional. Se levarmos em consideração apenas o conjunto mecânico ou a lista de equipamentos, o Civic além de não desapontar, encanta os apaixonados por sentir o carro em suas mãos e essa versão faz isso com muita maestria. Compareçam em uma concessionária da Honda em qualquer ponto do país e solicite um testdrive e comprovarão o que dissemos acima e com certeza farão uma excelente aquisição.
Ficha Técnica
Motor
Dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16V, comando duplo, flex
Cilindrada
1.997 cm³
Potência
155/150 cv a 6.300 rpm
Torque
19,5/19,3 kgfm a 4.800/4.700 rpm
Câmbio
Manual de 6 marchas, tração dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão
Braços duplos triangulares (diant.) e multilink (tras.)
Freios
Discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
Pneus
215/50 R17
Dimensões
Compr.: 4,63 m
Largura: 1,80 m
Altura: 1,43 m
Entre-eixos: 2,70 m
Tanque
56 litros
Porta-malas
525 litros (fabricante)
Peso
1.275 kg
Galeria de Imagens: