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Avaliação da Semana – Volkswagen T-Cross Highline, uma excelente compra, um excelente SUV.

Caros amigos da Veloxtv, nesta semana entre as festas de natal e de final de ano apresentaremos a avaliação / teste que fizemos com o SUV da Volkswagen que vem abalando o mercado com seu design, tecnologia, conforto e segurança; tornando-se uma excelente opção de compra.

A Volkswagen sabia do potencial que tinha ao lançar no mercado brasileiro o T-Cross, em abril. Foram quase 20 mil unidades vendidas em sete meses o que já incomodou a concorrência do segmento que tem produtos desde a faixa de R$ 60 mil, mas que tem boa parte dessa fatia dividida entre os crossovers de R$ 90 a R$ 100 mil.

 

Com porte menor que muitos dos concorrentes, o T-Cross quer mostrar que isso não é problema quando se pode aproveitar bem o espaço interno, incluindo aí o porta-malas. Para realmente fazer a diferença e conquistar a confiança dos clientes, o SUV compacto vem novidades.

O visual moderno do crossover ganha requintes como os faróis e luzes em LED, a grade com detalhes cromados, o emblema lateral da versão, friso e rack de teto e para-choques específicos. A roda aro 17 com esse desenho também só aparece no Highline e veste bem o conjunto de pneus 205/55.

Na versão Highline, a VW não pensou duas vezes em botar o bom 1.4 TSI Flex com 150 cavalos e mais um câmbio automático de seis marchas, que muitos torcem o nariz. Isso tudo na opção topo de linha, sai por R$ 109.990. Alto, sim, mas se for completo, dispara até R$ 124.890!

 

Equilíbrio e potência
O motor 1.4 TSI de 150cv caiu muito bem ao T-Cross. Tem 25,5kgfm que surge logo a partir das 1.500rpm. Com o câmbio de seis marchas que conta até com shift paddle, o crossover de 1.292kg se mostra equilibrado e rápido com mínimo turbo lag. Diferente da versão 1.0 que tem arrancada mas falta fôlego, o motor 1.4 EA211 é  mesma fórmula que fará a Volkswagen brilhar.

Exterior

Podemos dizer que a VW foi feliz no desenho do T-Cross. Com linhas robustas e bem equilibradas, o crossover até parece maior do que realmente é. O grande entre eixos ajuda nisso, assim como as colunas C largas.

A frente alta conta com grande bem ampla e faróis full LED com luzes diurnas de mesma tecnologia. O para-choque com faróis de neblina destacados e a barra cinza com o nome T-Cross em baixo-relevo, ampliam a impacto visual do produto, que é bom nesse aspecto.

As rodas de liga leve aro 17 polegadas com acabamento cinza realmente agradam. Linha de cintura alta e teto reto reforçam a proposta deste crossover, que ainda tem barras longitudinais, teto solar panorâmico e lanternas traseiras em LED unificadas por uma lente que não acende.

O para-choque traseiro segue a tendência de ocultar o escape, enquanto a tampa do bagageiro tem um defletor de ar bem envolvente e com acabamento preto. As portas traseiras grandes do Volkswagen T-Cross ajudam na impressão de maior tamanho e mais ainda no acesso ao interior.

 

Interior

O T-Cross também aposta na fórmula de que a impressão de qualidade percebida deve ficar de lado diante da tecnologia oferecida. Isso significa um cockpit feito para chamar atenção com suas telas digitais e configuráveis.

Em particular, o T-Cross Highline ainda exibe alguns dos itens presentes em carros mais caros, digamos, maiores, do portfólio da Volkswagen. Assim, o utilitário esportivo faz um elo entre o conteúdo menor dos irmãos mais velhos e o pacote tecnológico do segmento médio.

Temos então Park Assist 3.0, teto solar panorâmico, faróis full LED, som premium Beats com subwoofer e acabamento em couro. Entretanto, pelo preço pedido, o pacote fica a desejar pela falta de coisas como alerta de colisão, assistente de faixa e piloto automático adaptativo. Sim, pela importância da versão e pela proposta, deveriam ser oferecidos.

Até os quitutes normalmente vistos em Polo e Virtus são opcionais no T-Cross Highline, como o Active Info Display e o Discover Media com tudo dentro, incluindo o quase dispensável MirrorLink. Só não tem imagem de um sistema em 360 graus, outra ausência sentida.

Existem 2 entradas USB e difusores de ar para quem vai atrás. Na frente, uma fica abaixo do ar-condicionado automático (dual zone? nem pensar…) e outro (opcional, acredite) fica no console entre os bancos.

Os pedais esportivos são interessantes, enquanto o suporte para celular destoa do conjunto. Há espaço para o smartphone ficar descansando no console e não pendurado na frente do carro, sem serventia, já que tem conexão total com o Discover Media. Fica lá apenas para carregar na quinta porta USB.

 

Prazer ao dirigir

O Volkswagen T-Cross Highline 250 TSI Automático, nome longo para um carro tão pequeno, surpreende em desempenho e não deveria ser diferente. Assim como sua missão de vender muito, o utilitário esportivo nessa configuração obrigatoriamente tem que andar bem.

Com posição de dirigir mais elevada que nos irmãos de MQB-A0, o Volkswagen T-Cross vai agradar quem busca isso num SUV. Tendo ergonomia aceitável, exceto pela interação complexa entre cluster e multimídia, o SUV deixa o condutor relaxado em uma condução agradável.

Com 150 cavalos e 25,5 kgfm, obtidos a partir de 4.500 e 1.500 rpm, respectivamente, o Volkswagen T-Cross 250 TSI (referência ao torque em newton-metro) não fica devendo em resposta para os concorrentes, mesmo os mais potentes, pois tem elasticidade superior.

Como o pacote completo do T-Cross possui a opção de quatro modos de condução, a versão 250 TSI pode explorar todo o potencial desse EA211, especialmente nos modos Sport e Individual. Isso sem contar o modo Sport ou as mudanças manuais do câmbio Tiptronic de seis marchas, que tem inclusive paddle shifts.

Mesmo no modo Eco, o SUV compacto responde otimamente bem nas retomadas e ultrapassagens.

O câmbio automático tem relações longas e não é tão suave ou rápido nas trocas, como um DSG, mas busca conforto e economia, então dá para perceber que uma configuração voltada para performance, digamos, num hipotético T-Cross GTS, poderia fazer até mais com o mesmo conjunto motriz.

Rodando na estrada, conforto e muito boa dirigibilidade, que não é excelente por uma característica que pode incomodar clientes antigos da VW. Antes disso, porém, devemos dizer que tanto em tocada esportiva, quanto em condução focada na economia, o T-Cross manda muito bem.

Os modos de condução ajudam, mas numa proposta como essa, chega a ser exagerada a oferta. Poderiam troca-la por um pacote de assistência direta ao condutor, como os itens já citados. Bom, mas é aquilo, se está disponível, então que se use da melhor forma.

Rodando na cidade, a média ficou em bons 12,6 km/l, enquanto na estrada, ficou em 17,8 km/l. Para um motor 1.4 turbinado com estes números, está bom até. Na rodovia, o ponteiro marca 2.000 rpm a 110 km/h, o que garante conforto e economia.

Ao volante, a direção elétrica adaptativa (enrijece no modo Sport ou Individual, se optar) é agradável e dá uma boa sensação de controle ao carro, assim como os freios bem dimensionados. Lembra-se daquela característica que alguns poderão não gostar?


Então, esta é a calibração da suspensão. Muito macia, ela foi ajustada para oferecer mais conforto e filtrar melhor a buraqueira das vias de nosso país, o que se provou boa nessa tarefa. Entretanto, isso significa mais inclinação nas curvas e desvios rápidos de trajetória.

Com tudo isso, o T-Cross 250 TSI é ideal para quem quer andar bem e não precisa de um carro maior.

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