Avaliação da Semana – Testamos a Toyota Hilux 4×4, robusta e com muita força bruta.
Caros amigos da Veloxtv, é com um imenso prazer que apresentamos para vocês nosso teste/ avaliação com a líder de vendas em Picapes Médias do Brasil; a “Toyota Hilux 4×4”.
Modelo que lidera com folga a categoria de picapes médias no Brasil, a Toyota Hilux possui um sutil facelift interno e externo, além de melhorias mecânicas pontuais, para corrigir alguns pontos onde deixava a desejar.
Por fora, na dianteira, os novos faróis, grade e para-choque caíram bem na picape, reforçando o aspecto robusto que já é esperado em um veículo do segmento. Com mudanças recentes ela não teve alterações na linha 2022. A dianteira traz grade central com contorno cromado, os faróis são full LED com contorno cromado assim como os faróis auxiliares com moldura preto brilhante. As rodas são aro 19” com desenho exclusivo e acabamento diamantado para a versão e a parte traseira conta com lanternas com contorno em LED e luzes hálogenas.
Completam o pacote de mudanças esperado em um facelift as novas rodas de liga leve e uma revisão no jogo de luzes das lanternas.
Mas é por dentro que encontramos uma boa evolução na Hilux 2021. Agora todas as versões estão equipadas com central multimídia oferecendo suporte ao Apple CarPlay e Android Auto.
Além de integrada ao display digital no painel de instrumentos, a central multimídia presente nos modelos da Toyota evoluiu consideravelmente em termos de agilidade e facilidade de uso.
Com isso, a picape ganha pontos positivos na conectividade a partir da linha 2021, algo que vai se tornando cada vez mais importante em qualquer veículo.
Hilux evolui na suspensão e no motor diesel
Outro ponto que merece atenção no novo ano/modelo da picape são as evoluções para o motor 2.8 turbodiesel, bem como os aprimoramentos no conjunto de suspensão.
Começando pelo propulsão, a principal melhoria ficou por conta da troca do turbocompressor por outro componente com pás maiores.
Com isso, a potência em relação à Hilux 2020 subiu 15%, totalizando 204 cv, enquanto o torque melhorou outros 11%, passando para 50,9 kgfm somente nas versões automáticas da picape.
Apesar da Toyota não fornecer os dados oficiais de desempenho, ao volante a sensação é uma melhora, ainda que discreta, nas acelerações e retomadas da picape.
No restante da parte técnica, o que mais nos chamou a atenção na Hilux 2021 foram as melhorias envolvendo em especial a suspensão da picape e sua ligação com o chassi.
A Hilux sempre esteve longe de ser uma referência quando o assunto é suavidade ao rodar, em especial com poucos passageiros ou carga na caçamba.
Para ajudar a amenizar esse comportamento da picape, a Toyota substituiu as buchas aplicadas na junção entre as molas (também novas) e o chassi, bem como revisou os suportes da cabine.
Os amortecedores também são novos (com maior diâmetro na versão SRX), o que resultou em uma calibração mais refinada do conjunto oferecido pela picape.
Assim como no caso do motor 2.8 diesel, os aprimoramentos estruturais presentes na Hilux podem não fazer uma diferença muito grande, mas colaboram para um ganho no equilíbrio dinâmico da picape.
A inclusão de uma válvula solenóide para a direção hidráulica aliviou o “peso” do volante em manobras bem como ao rodar com picape por velocidades mais baixas, algo que também era necessário. Nas cada vez mais estreitas vagas de garagem, qualquer ajuda é sempre bem-vinda. Resta a Toyota, entretanto, tornar o diâmetro de giro da Hilux mais favorável.
Interno
Por dentro, todo o acabamento mostra solidez sem exageros e há uma boa lista de itens de série. Com revestimento em couro parcial nas portas e painel, mas com tabelier em Plástico rígido a pick-up tenta justificar o valor elevado com os itens tecnológicos. Os bancos também são em couro e volante com bom acabamento tem comandos simples para multimídia, controle de cruzeiro adaptativo e cluster central digital com informações do computador de bordo, pressão dos pneus e informações do entretenimento sempre à mão.
A multimídia com tela de 9” é da marca JBL, assim como os alto falantes da pick-up. Espelhamento para celular também está disponível, inclusive com opção sem fio mas o carregamento não é por indução como em modelos bem mais em conta. Na linha 2022 há câmeras 360º que auxiliam o motorista na hora de manobrar a pick-up de 5,32m de comprimento, 3,08m de entre-eixos e 1,81m de altura.
Sob o capô a principal mudança é que a Toyota descontinuou a motorização flex. Portanto, está disponível somente a 2.8 turbodiesel de 204cv e 50,9kgfm de torque. O câmbio é automático de seis velocidades com tração 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida.
A caçamba da Hilux tem capacidade de carga para até uma tonelada, fazendo jus a fama de “bruta”. O ponto de melhoria fica para a tampa da caçamba que não conta com amortecedores, deixando a peça pesada e “sem freio” na hora da abertura.
Andando na cidade e estrada
A Hilux se mostra uma boa opção para quem deseja uma pick-up para uso misto. Na cidade o modelo se comporta bem em aceleradas e retomadas, tornando mais simples as ultrapassagens mesmo em um carro pesado e agora com câmera 360º estacionar não é mais um problema. Ou melhor: o sistema ajuda a enxergar cantos vivos em um carro extenso e largo.
Já nos trechos fora de estrada a pick-up tem comportamento agradável e desempenho suficiente para enfrentar lama, terra ou cascalhos com auxílio de tração integral ou sob demanda. No 4×4 os controles de tração são sentidos a todo momento dando ainda mais confiança para o motorista. Já no 4×4 reduzido, o torque é praticamente instantâneo, o que dá força suficiente para sair de qualquer situação de baixa tração.