Avaliação da Semana – Sandero GT Line 1.0 o 3 cilindros esportivo da Renault.
Caros amigos e internautas que acompanham nossos trabalhos, nesta semana andamos com o mais novo queridinho da Renault; o Sandero GT Line.
o Sandero GT Line faz parte de uma gama de opções que faz do compacto um dos carros mais vendidos do país, tendo sido emplacados 63.583 unidades de janeiro a outubro, posicionando-se como o oitavo automóvel mais vendido do país.
Equipado com motor 1.6 8V de até 106 cv e câmbio manual, o Renault Sandero GT Line também se destaca pela multimídia com navegador e acabamento personalizado.
Parte Exterior
Com estilo mais moderno em comparação com o anterior, o Renault Sandero se adaptou melhor às alterações propostas pela grife GT Line, adotando para-choques com spoilers integrados, grade inferior remodelada e detalhes prateados, bem como rodas de liga leve aro 16 polegadas em tonalidade cinza, a mesma que reveste o corpo dos retrovisores e o difusor de ar traseiro.
O Sandero GT Line adiciona também um grande defletor de ar no topo da tampa do porta-malas, assim como saias laterais na cor do carro, que pode ser preto, branco ou vermelho. As lanternas apresentam cromados e os faróis são duplos, tendo ainda frisos cromados dentro das lentes.
O habitáculo
No interior, o Renault Sandero em sua versão GT Line, não esconde seu projeto de baixo custo, tendo muitos plásticos e detalhes de aparência simples. Ainda assim, há diferenciais nesse ambiente, entre eles, volante e alavanca de câmbio em couro com costura azul, sendo essa a mesma tonalidade vista no quadro de instrumentos. Há um aplique preto brilhante com a identificação GT Line na base do volante.
Os bancos possuem acabamento emborrachado e com tecido exclusivo, sendo personalizados com costura azul e grafismos interessantes. Não há tecidos nas portas. De volta ao painel, a multimídia Media Nav Evolution, que tem tela sensível ao toque com 7 polegadas e navegador GPS com informações de tráfego, bem como localização de pontos de interesse. O visual em preto brilhante da parte central agrada.
O GT Line ainda vem com ar condicionado automático, porta-luvas iluminado, entradas USB e auxiliar, Bluetooth e na coluna de direção regulável, comandos de áudio, mídia e telefonia. Comandos dos vidros elétricos traseiros ficam no painel, o que é muito desconfortável. As portas traseiras possuem seus comandos e todas vêm com maçanetas cromadas, bem como puxadores com acabamento em preto brilhante.
Além disso, embora o tecido dos bancos seja macios, eles não seguram bem o corpo em curvas mais fechadas. O banco traseiro não é bipartido e tem apenas dois apoios de cabeça, assim como cinto central em formato subabdominal. O porta-malas com seus 320 litros é generoso. O espaço geral é apenas bom. Apesar de o projeto reduzir custos, o capô do Sandero tem amortecedor, dispensando a vareta. Um item inexistente até em modelos do segmento médio.
Viajando com o GT Line
O Sandero GT Line tem proposta de visual esportivo, embora nem seja tanto assim. Em termos de performance ele é mediano, mas dentro de sua categoria. O motor 1.6 8V Hi-Torque entrega 98/106 cv a 5.250 rpm e 14,5/15,5 kgfm a 2.850 rpm. Como você percebeu, o torque em baixa é bom e garante boas respostas ao acelerador, assim como retomadas adequadas a missão do carro.
O câmbio tem engates bem justos e pouco suaves, sendo essa uma características dos modelos mais baratos do grupo franco-nipônico. A relação se mostrou adequada e a 110 km/h, o ponteiro marca 3.000 rpm. Faltou um piloto automático para aproveitar esse detalhe interessante. O consumo ficou dentro do esperado, marcando 7,3 km/litro na cidade e 10,3 km/litro na estrada, ambos com etanol.
A Media Nav Evolution ainda vem com o Eco Scoring e Eco Coaching, que são pontuações pela condução eficiente e dicas para se economizar combustível. Além disso, o Sandero GT Line ainda vem com aviso de mudança de marcha no velocímetro, ajudando assim o motorista a economizar no dia a dia.
A estabilidade é boa, apesar do ajuste da suspensão ser mais voltado para o conforto, absorvendo bem as irregularidades do solo, mas por ser muito macia, acaba deixando a desejar em pisos ondulados. A direção hidráulica tem ajuste muito firme e não é leve em manobras. Poderia ser uma elétrica, tal como aquela do New March, por exemplo.
Os freios agradam, mas bem que poderiam ser disponibilizados controles de tração e estabilidade, itens necessários para se ampliar a segurança. O nível de ruído é moderado, tendo melhorado em relação ao anterior. O Sandero GT Line tem uma tocada comportada e adaptada ao meio urbano, mas com boa resposta em estrada.
Nossa avaliação Final
Não é um esportivo, apesar da proposta visual, que também não apela muito para esse lado. O pacote de equipamentos é bom, embora custando quase R$ 49.000, bem que poderia ter uma câmera de ré, banco traseiro bipartido, três apoios de cabeça e cintos atrás, apoio de braço para o motorista e piloto automático, entre outros outros.
A multimídia Media Nav Evolution é outro bom argumento de vendas e, para quem busca conectividade, é um dispositivo que merece ser analisado na hora da compra, caso haja interesse. O visual personalizado agrada um pouco, mas a falta de melhor acabamento – especialmente nas portas – deixa o modelo devendo.
Espaço e porta-malas ainda são favoráveis no Sandero, assim como sua performance com motor 1.6 8V. O custo de manutenção a partir de 10 de outubro alcança o valor (alto) de R$ 4.191 para até 60.000 km, bem acima de Etios, HB20 e March, por exemplo. A visita de 50.000 km custa nada menos que R$ 1.755. Vale a compra? Para quem busca apenas visual e performance mediana, está até bem acertado, mas a concorrência não pode ser ignorada na hora da pesquisa.