Avaliação da Semana – Andamos com o Renault Captur 2022 crossover chega mais potente com motor 1.3 TCe.
Caros amigos da Veloxtv, é com um imenso prazer que apresentamos o nosso teste / avaliação com o renovado Renault Captur Iconic 1.3 Tce 2022 ; agora com o motor turbo.
A Renault resolveu dar um banho de loja no SUV Captur e aproveitou para melhorar seu desempenho em comparação aos concorrentes com um novo motor turbo. O Captur 2022 também chega com a nova transmissão automática e um acabamento mais caprichado.
O Renault Captur sempre foi um carro bonito e com os novos faróis full LED, assim como repaginação no para-choque dianteiro, ele ficou ainda mais atraente. Inegavelmente, o espaço interno/volume do porta-malas junto da beleza do exterior sempre foram os pontos altos do Renault Captur.
As linhas fluidas e marcantes continuam praticamente inalteradas, com mudanças pontuais apenas. Como o novo para-choque que ficou ainda mais envolvente e traz novos elementos tecnológicos, como a nova luz de circulação diurna DRL em LED que emoldura os faróis de neblina também em LED com a função auxiliar em curvas. Os faróis passam a ser full LED na versão topo de linha, com até 75% de melhoria na eficiência da iluminação. A grade superior está mais larga e ganhou detalhe cromado, dando ainda mais sofisticação ao modelo. O modelo também ganhou novo Ski dianteiro com entrada de ar chamam muito a atenção do público.
Interior
O Renault Captur 2022 buscou melhorar o acabamento, haja visto que seu preço e posicionamento subiram; com isso, a marca francesa introduziu revestimento em couro sintético costurado no painel, assim como nas portas e nos bancos, todos em cor marrom.
O conjunto frontal aderiu a um preto brilhante, que também é visto nos apoios de braço. No console da transmissão, revisto, aplique metalizado com botão de partida é novidade.
O multimídia de 8” substituiu o antigo de 7” oferecendo conectividade Android Auto/Apple CarPlay e sistema Multiview, com quatro câmeras.. A pureza sonora é mérito do renomado áudio da Bose, composto por seis altos falantes mais subwoofer (falante de graves) no compartimento de bagagens e amplificador digital.
Em couro, a direção traz Bluetooth e ajuste do computador de bordo. Volume e mídia? Continuam na velha haste padrão Renault, que fica na coluna de direção. Falando em direção, agora a assistência é elétrica e o ajuste da coluna pode ser feito em longitudinal, o que melhorou a posição de dirigir.
A ergonomia melhorou trazendo a nova posição dos botões Eco e do controlador/limitador de velocidade, assim como ganhou o apoio de braço integrado no console redesenhado e com porta-copos. Quem viaja atrás ainda encontra duas novas tomadas USB para realizar o carregamento de gadgets. Outra comodidade aparece na partida remota com climatização.
A segurança foi evidenciada pela inclusão do alerta de pontos cegos e o sistema Multiview, que utiliza quatro câmeras ao redor do veículo (dianteira, traseira e nas laterais). Há também os controles eletrônicos de tração/estabilidade, assistente de partida em rampas, além de quatro airbags e dois pontos de isofix para fixação de bancos infantis.
O volante também é novo e vem com piloto automático e limitador de velocidade. A direção é elétrica e o novo volante tem ajustes de altura e profundidade – com a melhoria, o número de voltas de um extremo ao outro do volante reduziu de 3,3 para 3,0 e o esforço de manobra diminuiu 35% em relação à versão anterior -, com comandos iluminados do “piloto automático” (regulador e limitador de velocidade) e do comando de voz.
Motor
A vinda do motor 1.3 turbo junto do câmbio CVT de oito marchas simuladas fez muito bem ao Renault Captur 2022.
O novo motor turbo TCe 1.3 flex do Captur foi desenvolvido com o know-how da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Daimler, tendo como características um alto torque em baixas rotações e baixo consumo de combustível. Todo o desenvolvimento da versão flex ficou a cargo da equipe de engenheiros do RTA (Renault Tecnologia Américas), que fica no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). Isso se traduz em um comportamento ágil. Isso tudo foi provado e confirmado durante o teste feito por uma semana.
Com 1.332 cm³, ele é fruto de um projeto modular, como uma variante 1.0 de três cilindros com os mesmos pistões e bielas. Tendo turbocompressor, intercooler e injeção direta de alta pressão, o 1.3 TCe não se intimida com o tamanho e entrega 162 cavalos na gasolina e 170 cavalos no etanol, ambos a 5.500 rpm. Além de boa potência, o pequenino enterra o F4R 2.0 de vez com seu torque de 27,5 kgfm a somente 1.600 rpm, independente do combustível usado.
Para completar a novidade, o Captur 2022 recebeu o CVT Jatco XTronic com simulação de oito marchas, mas apenas com mudanças manuais na alavanca. Também não há modo Sport. O que acontece aí é que no modo manual a rotação sobe levemente. Mesmo com o deslize do CVT, o H5Ht é forte.
O propulsor flex traz ainda tecnologias que a Renault desenvolveu nas pistas da Fórmula 1, como a injeção direta central com 250 bar de pressão, turbocompressor com válvula wastegate eletrônica e duplo comando de válvulas variável com atuadores elétricos, que garantiu ao SUV muita disposição para ultrapassagens, encarar subidas mais íngremes e deixar a direção bem mais divertida que o antigo motor aspirado.
Em conjunto está o novo câmbio CVT Xtronic proporciona o máximo conforto com trocas suaves e precisas. Ele também garante retomadas de velocidade bem rápidas e força quando é necessário. Abastecido com etanol, o consumo não foi um dos melhores, fiz uma média de 7,3 km/l na cidade, sempre com o ar-condicionado ligado. Apesar da Renault informar que um software de gerenciamento que simula a troca de marchas no modo automático, sempre que o pedal do acelerador estiver solicitando a alta performance do motor também ajuda na economia.
A transmissão oferece a possibilidade de troca manual na alavanca de câmbio, simulando oito marchas. Ao motorista, cabe posicionar a manopla à esquerda para assumir o controle. O câmbio oferece algumas novidades, entre elas possui a faixa de atuação do lock-up ampliada, reduzindo a sensação de deslizamento nas arrancadas, com máxima transferência do torque do motor para as rodas. Novo óleo de baixa viscosidade, gerando menos atrito, Bomba de óleo de dimensões reduzidas e cárter com menor volume, Válvula de controle hidráulico de maior precisão e Corrente de menor largura.
Exterior
Na lateral há um novo grafismo cromado na parte inferior das portas, acompanhando a linha de cintura elevada. O SUV chama atenção pelas linhas fluidas e lateral esculpida, além dos músculos formados pela carroceria acima do para-lama traseiro. As rodas de 17 polegadas também são novas. A nova grade dianteira, com desenho fluido e no conhecido formato de “C”, ficou ainda maior e ganhou detalhe cromado.
A porção dianteira trouxe a grade do radiador mais larga e dotada de elementos cromados, os faróis Full-LED, enquanto o para-choque revisto passou a exibir as luzes de circulação diurna (DRL) em formato de “C” e as luzes de neblina também em LED. Ainda aparece um novo ski frontal com entradas de ar, porém, o ângulo de ataque do SUV diminuiu de 23º para 19º. Mesmo assim, ele não enrosca ao transpor valetas/lombadas. Apesar da renovação estética o visual não seguiu o do Captur à venda no mercado europeu e traseira trouxe apenas um novo arranjo interno da lanterna.
De para-choque a para-choque o Renault Captur 2022 mede 4,379 m de comprimento (4,329 m no antecessor), 1,813 m de largura, 1,619 m de altura e 2.673 m de entre-eixos, o que garante bom espaço para as pernas/joelhos de quem viaja atrás. O porta-malas é de 437 litros.
Consumo
Em nosso teste o Renault Captur Iconic 1.3 Tce abastecido de etanol em vias urbanas fez média de 7,3 km/l enquanto na estrada o SUV fez em média 11,4 km/l.
Preço
O valor do Renault Captur Iconic Tce 1.3 Turbo é de R$ 138.490.
Nossa conclusão
O Renault Captur 2022 melhorou muito em relação ao anterior, especialmente em comparação com o 2.0 automático de 4 marchas. O crossover anda mais e se tornou eficiente.
Visualmente agradável, ele busca compensar com um interior revisado, que poderia ter recebido um painel novo e mais materiais de qualidade superior.