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Avaliação da Semana – Andamos com o novo Honda City Hatch, surpreende no espaço, na segurança e no prazer em dirigir.

Caros amigos da Veloxtv, muito boa tarde a todos, é com um imenso prazer que nesta semana apresentamos o nosso teste/avaliação com o mais novo sucesso de vendas da Honda do Brasil; o “Honda City Hatch” na versão Touring.

 

Claro que os hatch não bombam tanto quanto os SUVs, mas ainda tem boa presença no mercado, então valia trazer uma novidade. Principalmente quando conta com um bom espaço interno como o dele, um dos melhores entre os hatch compactos. Mas o que chama a atenção aos olhos primeiro é o design. E nisso o City Hatchback acompanha o sedã na frente, com uma larga faixa cromada, faróis Full LED e DRL, setas e luzes de neblina em LED.

 

A Honda deu um jeitinho para que a compensação fosse mais atraente, mesmo que em detrimento do bagageiro. Em duas versões, o sempre tão esperado hatch da Honda é um carro médio em comprimento e tem algo mais interessante que o agora chamado Magic City.

 

Ou seja, aqui da coluna B pra trás é que começa a mudar. Apesar das portas serem iguais, por ser mais curto em 21 centímetros e para dar uma harmonia maior às linhas, o teto atrás é mais alto, as colunas são maiores e, claro, perde o bumbum saliente.

 

Com motor 1.5 dotado de injeção direta e 126 cavalos, o Honda City hatch tem somente CVT e duas opções, sendo a avaliada, a topo de linha Touring, que sai por R$ 122.600.

 

Perfil Externo

Visualmente, o Honda City hatch é basicamente o sedã sem o porta-malas, porém, tem mais atitude nas linhas e até lhe cai bem as rodas aro 16 polegadas, que parecem de 15 no sedã.

Na frente, abaixo da barra cromada, a grade tem elementos hexagonais, diferente dos frisos do sedã. Com colunas C valorizadas, o City hatch tem ainda belas lanternas em LED.

 

Tendo elas, o hatchback ficou mais atraente que o sedã nesse lado do carro. Ele mantém os faróis full LED e as mesmas portas do modelo três volumes.

 

Retrovisores com rebatimento elétrico e repetidor de direção, faróis de neblina e antena barbatana no teto, são itens que você encontra na versão Touring.

 

Interior

No interior, uma réplica do City Sedan, tendo o City hatch também o sistema Lane Watch, para visualizar o ponto cego direito, cluster análogo-digital configurável e multimídia atualizada.

 

O bom desse dispositivo de infotainment é que se pode conectar sem fio, garantindo assim mais comodidade, porém, se usar o USB para ouvir música, ele é bloqueado no Android Auto.

 

A câmera de ré com três visualizações e o gerenciamento de mídia são interessantes, mas a qualidade do som é muito boa.

 

Tem bom espaço para as pernas e cabeça para quem vai nas extremidades. Porém quem vai ao meio por causa do alto ressalto no assento, pessoas com 1 metro e 76 como eu, além do desconforto, já ficam com a cabeça roçando no teto.

 

O ar condicionado automático tem boa eficiência. O volante com paddle shifts e comandos multifuncionais de toque fácil, são agradáveis.

Algo que nos chamou atenção de fato foi o espaço traseiro. Com banco do motorista na posição para um condutor de mais de 1,80 m de altura, ele surpreende quem vai atrás.

 

Maior que Fit e até mesmo Civic, o espaço para as pernas é até exagerado, pois, mais de uma mão adulta entre o joelho e o encosto dianteiro, te faz pensar em estar num Accord.

 

Podemos afirmar com certeza que é o hatch mais minivan, em espaço para as pernas, que existe no mercado. Contudo, a mágica (em referência ao Magic City) é a posição do banco.

 

Assim, o bagageiro do Honda City hatch é de apenas 268 litros. No entanto, para compensar o “espação”, a japonesa adotou o Magic City, nome bonito para ULTra Seat ou antigo ULT.

 

Levante o assento e leve uma pequena geladeira ou desça o encosto ao nível do bagageiro para colocar um fogão. Com essa modularidade, os órfãos do Fit serão amparados.

 

Esta versão Touring, a mais cara, é bem equipada. Mas, faltam algumas coisas pelo que custa. Tem chave presencial; botão de partida; sensores de estacionamento na frente e atrás; câmera de ré; ar-condicionado automático e digital com saídas atrás; sensor crepuscular e farol alto automático; e central multimídia sensível ao toque e que espelha celulares em cabo.

Andando pelas ruas de Sâo Paulo e estradas

O Honda City hatch não é somente carroceria curta, visual menos tiozão e espaço de Accord achatado… Ele também tem mais atitude durante a condução.

O motor L15B, um 1.5 i-VTEC VTC com duplo comando de válvulas variáveis, rende bons 126 cavalos a 6.200 rpm e 15,7 kgfm na gasolina ou 16,0 kgfm no álcool.

 

Com calibração diferenciada, dispõe de injeção direta de combustível, um ganho para a eficiência no consumo, mas não exatamente assim… Por tratar-se de um motor aspirado, precisa de giro alto para render e câmbio CVT com simulação de marchas para contribuir nisso.

 

Embora tenha boas saídas, o 1.5 injetado logo perde ânimo ao passar de 3.000 rpm e as correias vão deslizando e amenizando ainda mais a aceleração. Nas retomadas, bota giro alto lá em cima, chegando mesmo a 4.600 rpm com carro cheio. Se a resposta fosse como o giro, seria bem agradável, mas assim não é. A Honda, assim como outras marcas, usa o CVT para ficar longe de punições do Proconve.

 

É preciso recorrer aos paddle shifts para aproveitar melhor os regimes de trabalho do motor, obtendo assim até um ronco mais animador nesse período.

 

O Honda City em formato hatch bebeu muito na cidade, mesmo usando gasolina. Ele foi até pior que o sedã, fazendo somente 10,2 km/l contra 11,5 km/l.

 

Com aquela sensação de etanol no tanque, o City hatch rendeu bons 16,5 km/l na estrada, pior que o sedã, mas a aerodinâmica é melhor no sedã. O tanque de 39,5 litros é pequeno.

 

Rodando a 110 km/h, ele marcou 2.200 rpm em sétima marcha e tem um bom nível de ruído, exceto quando se exige para ultrapassar, subir longos aclives e acelerar simplesmente. A direção é leve e os freios são precisos, enquanto a suspensão é um pouco mais firme do sedã.

 

Nas curvas, ele é mais estável e a calibração geral lhe dá mais agilidade em mudanças de direção, por exemplo. Mesmo com rodas aro 16 polegadas a pneus 185/55 R16, segura bem nas curvas, sendo ainda mais direto ao volante.

 

O City hatch em versão Touring conta ainda com o bom Honda Sensing, cujo controle de cruzeiro centra bem o carro nas faixas e até faz curvas abertas com boa precisão. Os assistentes de saída de pista e invasão de faixa também cumprem bem seus papéis no pacote de segurança do Novo City.

 

Já sem botão no cluster e piloto automático “analógico”, o Novo Honda City modernizou-se e tornou as coisas mais legais. Em ruas de piso estragado, o Honda City se comporta bem, filtrando boa parte das vibrações, enquanto na estrada é bem suave, deslanchando com pouca resistência.

Nossa conclusão

O Honda City hatch é uma alternativa interessante ao Fit, mas com outra pegada. Tirando o espaço para as pernas, ele poderia ser bem menor e ainda agradaria.  O pacote Sensing ainda tem farol alto automático e há sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. Faltou o teto solar elétrico e o carregamento indutivo de smartphone.

 

São 2,60 m de entre eixos bem aproveitados e com pacote de equipamentos bom, apesar de faltar um acabamento mais atencioso nos detalhes.

 

Já o motor L15B deveu em consumo urbano com gasolina e poderia ter sido trocado pelo 1.0 i-VTEC de 127 cavalos, o que daria sensação animadora bem antes dos 6.200 rpm, quando corta.

 

Assim, um hatch com bom porte, onde quem vai atrás dobra ou estica bem as pernas, pode ser vantajoso. Vale a pena? Num segmento ameaçado, o Honda City ainda reserva surpresas boas.

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