A paixão dos mexicanos pela Fórmula 1
Mais de 89.000 espectadores pagaram para assistir ao primeiro dia de treinos livres do Grande Prêmio do México. Não é gralha, não senhor, foram mesmo um pouco mais de oitenta e nove mil pagantes que tivemos no Autódromo Hermanos Rodriguez na sexta-feira, antes da já esperada casa cheia no sábado e no domingo. Mas só no primeiro dia de treinos, a corrida mexicana já tinha tido mais espectadores que a Malásia, Bahrein ou Rússia no total dos quatro dias dos seus eventos.
Se isso já deveria ter sido suficiente para fazer Ecclestone a FIA perceberem que a Fórmula 1 ganha imenso em ir ao encontro das nações em que existe uma grande paixão pelo automobilismo, a forma como toda a cidade encarou este fim de semana – apesar de calhar no início duma série de feriados que afastou muita gente da Cidade do México – foi excecional. Por todo o lado estavam espalhados cartazes promovendo a corrida ou os produtos promovidos por Sérgio Pérez e Estebán Gutierrez e no circuito a loucura era total.
De cada vez que o piloto da Force India entrava no Stadium, a parte final da pista, desenhada onde antes existia um estádio de basebol, quase que a casa vinha abaixo. Mas todos os pilotos eram igualmente aplaudidos, mesmo os que há muito deixaram de correr, como Nigel Mansell, homenageado com o nome duma curva e que foi vedeta em destaque na parada dos pilotos a hora e meia do início da corrida.
“Assim, sim, dá prazer trabalhar”, foi uma das frases mais ouvidas deste fim de semana, tanto da parte de pilotos, como de engenheiros, mecânicos ou jornalistas. É claro que a organização teve muitas pequenas falhas, porque por estas bandas “ahorita” é a palavra de ordem mas a vontade de trabalhar é escassa, mas que o México ficou no coração dos muitos estreantes que nunca cá tinham estado, disso não restam dúvidas. E que contraste com a tristeza que foi estar em Sochi, com bancadas vazias, há três semanas…
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