Coluna do Borracha – Acabou o campeonato em modo Power On
Parece que a nuvem negra que cobria o piloto australiano mudou de ares
Texto: Eduardo Abbas
Fim de papo nos Estados Unidos, a Fórmula Indy experimentou esse ano uma forma de campeonato de tiro rápido, começou em 30 de março e terminou em 30 de agosto, foram 5 meses de competição para, a partir de agora, 7 meses de descanso. É uma formula meio estranha, parece campeonato de categoria pequena, mas o objetivo era o de melhorar o público nos autódromos, coisa que, em alguns deu muito certo, em outros, foi um completo fracasso.
Longe dessas tratativas dos dirigentes, os pilotos fizeram a sua parte, correram, competiram e encerraram um ano de disputas com muitas interrogações. Uma das maiores, como não poderia deixar de ser, deve estar na cabeça do Helio Castroneves, que pelo segundo ano chega à última etapa disputando o título e deixa escapar por um erro seu. Ele não tinha a maior das chances nem era o grande favorito na corrida, mas alguns fatos contribuíam para tal: ele era o pole e o Will o penúltimo colocado. Se tivesse sido mais agressivo durante o ano teria aberto uma vantagem maior quando ainda liderava a competição e sua tarefa seria mais fácil.
Não foi, chegou em Fontana precisando ganhar todos os pontos extras e a própria corrida, acabou em 14º depois de pagar um pênalti por uma falha na saída dos boxes, viu o Power sair de penúltimo e chegar em 9º e por pouco não perde o vice para o Dixon. Mais um ano se foi, mais um campeonato ele não conquistou, e mais uma vez repetiu o discurso: “vamos para a próxima”. Então tá.
Quem não tinha nada com isso era o Tony Kanaan que fez a parte dele, ganhou a corrida, deu show e encerrou a temporada em 7º e abre uma grande possibilidade para o ano que vem. Power finalmente levantou a taça e quebrou a escrita de chegar e morrer na praia, fez da Penske novamente a equipe campeã e agora vamos todos descansar até março de 2015, para quem sabe o Brasil sair dessa interminável fila que começou em 2004.
Onde não tem problema de fila é na MotoGP. Como já era esperado, Marquez respondeu às críticas com uma vitória bem ao seu estilo em Silverstone, deixou o Lorenzo escapar na ponta e deu o bote nas últimas voltas. O destaque positivo da corrida foi Valentino Rossi, voltando a ser em alguns momentos o “Doutor” de tempos atrás. No domingo, ele deixou o Pedrosa em quarto e se aproximou mais na briga pelo vice de 2014.
Pedrosa está derrotado apesar da vitória em Brno que quebrou a seqüência de Marquez, pois em 8 anos pela Honda na MotoGP, ele conseguiu ser vice em três, nunca teve a aura de primeiro piloto nem deve chegar a ser campeão do mundo, principalmente se correr com Marc Marquez ao seu lado. Tá na hora de mudar, como mudará a eletrônica das motos a partir de 2016, talvez seja o momento dele abrir as portas em uma nova equipe, afinal ele chega aos 29 anos sem uma conquista contundente na categoria rainha.
Vou ficando por aqui, esperando o fim de semana pós-bronca que a Mercedes deu em seus pilotos. Em Monza a fofoca corre solta, a dança das cadeiras que começou nas equipes nanicas deve começar a chegar às maiores, se não tiver novidade vai ter muita especulação, e eu conto tudo na terça-feira!
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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