Avaliação da Semana – Testamos o Fiat Argo Trekking com seu perfil aventureiro, e seu estilo arrojado.
Caros amigos da Veloxtv, muito boa tarde, nesta semana vamos apresentar a avaliação do Fiat Argo Trekking 2025; com sua proposta aventureira, tem recebido avaliações positivas, especialmente por sua suspensão elevada e bom desempenho, tanto no uso urbano quanto em viagens. O câmbio automático CVT, presente em algumas versões, é elogiado por sua suavidade e boa programação, oferecendo respostas rápidas quando necessário. O consumo de combustível também é um ponto forte, com bons números tanto na cidade quanto na estrada, especialmente com o motor 1.3.
Agora na linha 2026, reafirma a proposta de hatch robusto, acessível e confiável — e ganha, pela primeira vez, um toque mais refinado em itens de conectividade, segurança e iluminação. Durante uma semana de uso intenso em ambiente urbano e rodoviário, o modelo mostrou que, mesmo sem soluções sofisticadas ou design inédito, evoluiu com coerência onde mais importa: na experiência prática e nos fundamentos técnicos.
O Fiat Argo 2026 é oferecido nas seguintes versões e preços no site da marca:
Argo 1,0 – R$ 91.990
Argo Drive 1,0 – R$ 93.990
Argo Drive 1,3 CVT – R$ 103.990
Argo Trekking 1,3 CVT – R$ 106.990 (versão testada)
O modelo foi uma grata surpresa no quesito economia, graças ao câmbio CVT. Na terceira tentativa, a marca acertou na troca do câmbio, depois do automatizado GSR de cinco marchas no motor 1.3 aspirado e automático real no descontinuado 1.8, desde o ano passado é oferecido o câmbio CVT no motor 1.3. O resultado foi muito feliz.
Motor
O coração do Argo segue sendo o conhecido Firefly 1,3-l de quatro cilindros e oito válvulas, instalado na transversal. São 1.332 cm³, com diâmetro x curso de 70,0 x 86,5 mm e taxa de compressão de 13,2:1, o que permite bom aproveitamento térmico mesmo com injeção nos dutos (Magneti Marelli 12GF).
A potência atinge 98 cv a 6.000 rpm com gasolina e 107 cv a 6.250 rpm com álcool, e o torque máximo é de 13,2 m·kgf a 4.250 rpm com gasolina e 13,7 m·kgf a 4.000 rpm com álcool. No uso cotidiano, esses números se traduzem em progressão suave e funcionamento silencioso. O cabeçote de alumínio, com duas válvulas por cilindro, privilegia robustez e boa potência em baixas rotações, o que torna o conjunto muito adequado ao trânsito urbano.
O câmbio automático continuamente variável (CVT) fornecido pela Aisin e calibrado pela Fiat está ajustado para sete marchas e conta com modo Sport acionado através de botão no volante de direção. A relação da marcha variável vai de 2,48 a 0,40, com diferencial curto (5,698:1), o que garante boas arrancadas, mesmo em situações de carga. Em estrada, a rotação a 120 km/h em sétima automática é 2.400 rpm, favorecendo o consumo. Se for a 7ª selecionada manualmente a rotação é maior, 3.200 rpm.
Em nosso teste chegou a marcar 12,9 km/litro com etanol em trecho rodoviário, acima do que a Fiat informava, e ainda 9,7 km/l em percurso urbano. A velocidade máxima é de 173 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h é em 13,8 segundos, boa para um carro de 107 cv e 1132 kg de peso.
O Argo Trekking não foge muito às necessárias mudanças exigidas para que o carro se encaixe nessa categoria. A suspensão tem calibragem diferente do Argo convencional, da mesma forma que o sistema de direção (assistida eletricamente) também tem outro ajuste. O Trekking tem vão livre para o solo 2 cm mais alto, rack de teto, pneus de uso misto, ponteira de escapamento esportiva e exclusiva, apliques plásticos na carroceria e faixas decorativas.
Vida a bordo
O Argo oferece bom espaço interno para um hatch compacto. Com 2.521 mm de entre-eixos, quatro adultos se acomodam bem, e o porta-malas de 327 litros atende à bagagens de um fim de semana sem apertos. A ergonomia é simples, porém funcional, com comandos bem localizados e posição de dirigir elevada, reforçada pela suspensão mais alta da versão Trekking.
O painel adota acabamento escurecido em todas as versões, o que ajuda na sensação de maior sofisticação e reduz reflexos. Já o controle de velocidade de cruzeiro — presente na versão Trekking — é fácil de operar e útil em viagens, contribuindo para reduzir o cansaço em trajetos monótonos e ajudando a evitar multas por excesso de velocidade.
O Fiat Argo Trekking 1.3 CVT, em sua versão 2026, mantém os atributos técnicos que sempre valorizaram o modelo: robustez, bom acerto de suspensão, desempenho adequado e baixo custo de manutenção. Agora, com os novos recursos de LED, conectividade sem fio e mais conteúdo de conforto, aproxima-se do que o consumidor espera de um carro atual, sem sacrificar simplicidade nem confiabilidade.
Ele conquista pela honestidade técnica. Um hatch com a solidez mecânica que só o tempo aperfeiçoa — e agora com um pouco mais de requinte.
E vale a pena comprar o Fiat Argo Trekking 1.3 CVT? A resposta é sim, pois esse câmbio não deixou o carro “chatinho” de dirigir nem monótono. É uma boa opção, de visual aventureiro para quem não tem verba suficiente para levar para casa um Fiat Pulse automático menos equipado.