Thiago Camilo ri por último em Goiânia.
A história da última etapa da Stock Car, em Brasília, quando Thiago Camilo teve uma classificação complicada, largou de trás na primeira corrida e acabou vencendo a segunda, se repetiu hoje em Goiânia, com a mesma carga dramática. Tanto na etapa da capital federal quanto na reinauguração do belíssimo autódromo de Goiânia, Camilo conquistou na última volta da primeira corrida o décimo lugar, que pelo sistema de grid invertido significa a pole position na segunda prova.
“Hoje foi ainda mais complicado, mas de outra maneira. Lá, a disputa na última volta foi mais acirrada: o Felipe Fraga (que venceu hoje a primeira prova) me fechou na última volta, eu botei as rodas na grama e quase fiquei fora. Aqui, eu parti da 16ª posição no grid, fiz uma boa largada, mas na primeira curva fui tocado pelo Zonta. Saí da pista, andei pela grama, e o carro voltou desalinhado para o fim do pelotão, na 26ª posição. Fui passando vários carros e a equipe optou por fazer um pit stop longo, botando combustível suficiente para completar a segunda corrida. Não achei que seria possível alcançar a décima posição, mas quando cheguei na Bia Figueiredo estava mais rápido, pois havia trocado três pneus. A ultrapassagem foi na última volta, mas menos tensa que em Brasília. Na segunda corrida, resisti ao ataque do Rubinho (Barrichello) na largada e depois controlei bem, o carro estava ótimo e eu tinha salvado nove dos 15 usos do botão de ultrapassagem”, disse Camilo, que com o 10º e o 1º lugares, foi o piloto que mais marcou pontos em Goiânia, 26.
“É muito legal voltar à pista onde eu estreei aos 15 anos, por acaso, e onde venci na categoria de acesso, em 2001, último ano em que a Stock Car correu aqui, e vencer de novo. Porém, mais legal ainda é encontar um autódromo como esse, que foi praticamente reconstruído e hoje é o melhor do país, um exemplo para outras cidades”, completou o piloto da Ipiranga RCM, que precisou de uma autorização especial da Confederação Brasileira de Automobilismo para estrear em 2000 na Stock Light, meses antes de completar os 16 anos exigidos para disputar corridas de automóveis. Thiago estava em Goiânia acompanhando o pai, Bel Camilo, e o tio, Sérgio Ruas, que eram pilotos de Stock. Um terceiro piloto, Andre Duek, passou mal, e o então piloto de kart foi chamado para substituí-lo.
Galid Osman, companheiro de Camilo na Ipiranga RCM, largou em 13º estava em sexto lugar na primeira prova quando um problema de óleo fez o motor falhar. O piloto trouxe o carro para o box e largou do pit na segunda prova. Já estava na zona de pontos, na segunda metade da corrida, quando o problema se repetiu e deixou Galid sem pontos no fim de semana.