GP2: “Local” vence e Negrão termina em 15º no GP de Mônaco.
Foi exatamente como antecipou na véspera: levar o carro até o fim, mas sem contar com um milagre. Partindo da 22ª posição, o brasileiro André Negrão completou a sexta etapa da Fórmula GP2 em 15º, conquistando o melhor resultado possível num circuito de ultrapassagens improváveis como o das ruas do Principado de Mônaco. Prejudicado pelo abandono causado pela batida recebida do companheiro Rene Binder nos estágios iniciais da primeira bateria, Negrão já sabia que o máximo que poderia almejar no complemento da rodada dupla seria conduzir o carro da equipe Arden até à linha de chegada. A vitória do monegasco Stéphane Richelmi coroou e ampliou o fim de semana de sonhos da DAMS, dominadora da corrida da sexta-feira com o pole e líder disparado Jolyon Palmer.
A prova mais curta e sem a obrigatoriedade da troca de pneus obedeceu ao padrão habitual ditado por um circuito estreito e que em nada favorece à troca de colocações. A rigor, a única alteração importante na ordem do grid foi a ultrapassagem de Sergio Canamasas sobre Ryo Harianto, que partiu em segundo ao lado de Richelmi. O espanhol, no entanto, apenas escoltou o ganhador ao longo de todas as voltas. Com um pneu furado, o brasiliense Felipe Nasr não percorreu mais do que algumas centenas de metros antes de desistir.
Negrão lembrou que o saldo do GP de Mônaco poderia ter sido melhor, mas os problemas com o motor no treino classificatório – quando ficou em 23º – e o choque com Binder comprometeram irremediavelmente suas chances. “Meu carro esteve com um bom ritmo nas duas corridas. Hoje, por exemplo, consegui fazer uma prova limpa e andar no ritmo do pessoal que estava à minha frente. Só que aqui não dá para passar. Mas deu para sentir que era mesmo possível chegar dentro da zona de pontos na primeira prova, porque eu estava logo atrás do Nasr, que também partiu depois do meio do grid e subiu ao pódio com o 3º lugar.”
Com o intervalo de um mês até à próxima rodada dupla, programada para o circuito austríaco de A1, Negrão regressa ao Brasil na segunda-feira para prosseguir com o tratamento fisioterápico e se recuperar definitivamente da contusão nas costas decorrente de uma queda de bicicleta durante um treinamento regular.
O resultado da 6ª etapa:
1 – Stéphane Richelmi – DAMS – 30 voltas em 43min17s087
2 – Sergio Canamasas – Trident – a 2.179
3 – Ryo Haryanto – EQ8 Caterham Racing – a 8.295
4 – Johnny Cecotto – Trident – a 25.320
5 – Arthur Pic – Campos Racing – a 25.753
6 – Mitch Evans – RT Russian Time – a 25.973
7 – Jolyon Palmer – DAMS – a 26.587
8 – Adrian Quaife Hobbs – Rapax – a 26.956
9 – Stefano Coletti – Racing Engineering – a 28.473
10 – Conor Daly – Venezuela GP Lazarus – a 28.721
11 – Alexander Rossi – EQ8 Caterham Racing – a 29.987
12 – Nathanael Berthon – Venezuela GP Lazarus – a 30.105
13 – Stoffel Vandoorne – ART Grand Prix – a 30.604
14 – Kimiya Sato – Campos Racing – a 31.228
15 – André Negrão – Arden International – a 31.657
16 – Julian Leal – Carlin – a 32.085
17 – Daniel Abt – Hilmer Motorsport – a 32.582
18 – Simon Trummer – Rapax – a 33.458
19 – Raffaele Marciello – Racing Engineering – a 34.328
20 – René Binder – Arden International – a 35.417
21 – Facundo Regalia – Hilmer Motorsport – a 36.078
22 – Tio Ellinas – MP Motorsport – a 1 volta
Volta mais rápida: Tio Ellinas – 1min22s807
Não completaram:
Artem Markelov
Takuya Izawa
Daniel De Jong
Felipe Nasr
Campeonato:
1 – J. Palmer – 103
2 – F. Nasr – 57
3 – J. Cecotto – 49
4 – J. Leal – 48
5 – A. Pic – 40
6 – S. Richelmi – 32
7 – R. Haryanto – 26
8 – S. Vandoorne – 25
9 – M. Evans – 24
10 – S. Canamasas – 22
11 – S. Trummer – 18
12 – S. Coletti – 15
13 – T. Dillmann – 14
14 – A. Quaife-Hobbs – 10
15 – T. Izawa – 8
16 – T. Ellinas – 7
17 – R. Binder – 3