Avaliação da Semana – Andamos no Polo 1.0 MPI, um popular levemente sofisticado.
Prezados internautas, nesta semana falaremos sobre o “Polo 1.0 MPI”, que com certeza continuará sendo um dos carros populares mais cobiçados em território nacional; mas antes de inciarmos a matéria sobre o veículo, nós da Veloxtv gostaríamos de agradecer á equipe de relações públicas da “Volkswagen do Brasil”, chefiada pelo amigo Fernando Campoi, pela oportunidade dada para apresentarmos esse primeiro trabalho com um produto da montadora alemã.
Bom vamos ao que interessa, o teste completo com o Polo 1.0 MPI, um investimento que vale muito a pena.
Primeiras Impressões
Esteticamente, este Polo 1.0 MPI traz as mesmas mudanças dos demais modelos, com sua frente arrojada, imponente e marcante. Ao entrarmos no veículo verificamos que mesmo sendo um veículo de entrada a Volkswagen tomou alguns cuidados importantes visando seus clientes; o primeiro e mais importante foi no ponto da empatia que o carro trás para quem o experimenta e/ou o adquire; o segundo a sua dirigibilidade e facilidade dos comandos sem tirar a atenção ao volante, o terceiro foi o cuidado com o bolso de seu consumidor; falaremos disso com calma mais a frente.
Investimento
Se você está pensando em comprar um hatch compacto – um Gol, por exemplo, para ficar na mesma marca – sugerimos considerar esse Polo. Porque se um Gol Trendline, adicionando o som, custa R$ 44.698, o Polo MPI sai por R$ 49.990 (já com o som). E se a diferença pode parecer grande, talvez esse sejam os R$ 5.000 mais bem gastos de sua vida. Afinal, por esse valor extra (R$ 5.292, para ser exato) você leva, para começo de conversa, um carro maior, quase médio. A vantagem no porte se deve à plataforma global MQB – responsável também pelo alto nível de segurança. Além de uma estrutura forte, há cinto de segurança traseiro central de três pontos, airbags laterais e controle de tração. Tudo de série, o que lhe ajudou com a tirar cinco estrelas no Latin NCAP para adultos e crianças.
Exterior
O Volkswagen Polo MPI apresenta faróis duplos com máscara negra, grades com acabamento em preto, rodas de liga leve aro 15 polegadas (opcionais) com pneus 185/65 R15, lanternas compactas, limpador do vidro traseiro, defletor de ar no teto e antena.
O visual é bastante simples e chama atenção pelo carro em si, que ainda atrai alguns olhares, sim atrau e não foram poucos, pois constatamos que sua frente arrojada chama a atenção pelos apaixonados da marca.
Conversamos com um cliente da marca, Jefferson Huch, proprietário de um modelo polo do ano de 2016, que foi bem claro ao dizer que o que o atraia neste modelo novo além do motor 3 cilindros era sua frente arrojada, denominando o carro por ele como se fosse um “mini Golf”.
Interior
A cabine do Polo é montada com capricho.Não há rebarbas e os comandos ficam todos à mão, inclusive a tela multimídia de 6,5 polegadas da central Composition Touch, que dá uma pitada de modernidade ao painel. Há duas entradas USB, uma no suporte de celular, outra junto à tela, os plugs poderiam ser melhor localizados. O interior conta com boa quantidade de porta-objetos e os bancos dianteiros são largos e acomodam bem, com ajuste de altura para o motorista.
O ambiente é o mesmo do MSI, tendo a funcionalidade como alvo. O compacto apresenta acabamento simples, embora com boa montagem. Tons de cinza fosco preenchem vários espaços e deixam o habitáculo mais limpo. O volante com comandos de mídia, computador e telefonia tem boa empunhadura.
Para facilitar a coisa, um suporte de celular logo acima tem uma entrada USB apenas para carregamento, mas a conexão por cabo só funciona na entrada que está no painel da multimídia, infelizmente. O dispositivo tem ainda dados de performance e também o Apple Car Play, bem como o MirrorLink.
Há também vidros elétricos (todos) e travas elétricas, mas não tem retrovisores elétricos e nem regulagem da coluna de direção, nem mesmo como opcional. O espaço geral é bom – especialmente atrás – e o porta-malas é condizente com a exigência do consumidor brasileiro.
O pequeno sobe de giro rápido e logo está a 2.000 rpm, onde pode-se trocar de marcha tranquilamente, sem prejuízo para a performance. Rodando na estrada, ele se ressente apenas em subidas de serra, onde a quarta marcha é a companheira de viagem para manter o embalo. Porém, se tiver de reduzir e retomar a velocidade, o condutor terá que exigir bem mais de 4.000 rpm para pegar o fôlego.
O câmbio é justo, curto e preciso, além de ser bem macio, proporcionando trocas até com a ponta dos dedos, devido a boa maneabilidade do mesmo. As relações de marcha são adequadas para a proposta e como o EA211 já cumpre as metas de emissão que o Inovar-Auto impôs, ele não precisa de uma sexta marcha para reduzir o consumo em estrada.
Freios e direção elétrica atendem muito bem também, assim como o nível de ruído, que está dentro do esperado. Mesmo sendo um carro com motor fraco, o Polo MPI anda bem como lotação completa, evidentemente exigindo mais pé no pedal e reduções para garantir o desempenho. Como uma opção de entrada, serve bem ao propósito nesse aspecto.
Andando com o Polo
Em movimento, o novo Polo se destaca de várias formas , a direção elétrica é muito bem acertada, com respostas precisas e peso adequado. Os conjuntos de suspensão têm a rigidez característica dos carros da marca, porém com boa maciez e conforto quando passam por ruas castigadas e lombadas. O isolamento acústico é digno de elogios — quase não se ouve o motor 1.0 nem quando os giros sobem ao limite de corte. E a ergonomia agrada até sem os ajustes de altura e de profundidade no volante.
O motor EA211 1.0 MPI é um propulsor muito bom, apesar de seus três cilindros. A vibração destes é bem filtrada e durante a condução, ele se mostra suave até. A vantagem desse motor é o bom torque em baixa.
Especificação Técnica
O conjunto motriz é o mesmo do Gol – motor 1.0 e câmbio de cinco marchas –, a calibração é diferente. As suspensões garantem mais conforto sem prejudicar a dinâmica e a direção elétrica é mais leve em manobras e precisa em velocidade (no Gol é hidráulica). Ao volante, é incrível a disposição do Polo, mesmo 1.0. Claro que carregado ele sente mais as subidas, e não desenvolve na estrada como um 1.6, mas está longe da sensação de falta de força dos antigos “mil”. Até por ter três cilindros, o torque aparece cedo (pico a 3.000 rpm), e o câmbio (que engates!), graças à elasticidade do motor, requer poucas trocas na cidade.
Galeria de Imagens
Ficha Técnica
Preço básico: R$ 49.990
Carro avaliado: R$ 54.150
Motor: 3 cilindros em linha 1.0, 12V, comando variável
Cilindrada: 999 cm³
Combustível: flex
Potência: 75 cv a 6.250 rpm (g) e 84 cv a 6.350 rpm (e)
Torque: 9,7 kgfm a 3.000 rpm (g) e 10,4 kgfm a 3.000 rpm
Câmbio: manual, cinco marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,057 m (c), 1,751 m (l), 1,468 m (a)
Entre-eixos: 2,5650 m
Pneus: 185/65 R15
Porta-malas: 300 litros
Tanque: 52 litros
Peso: 1.058 kg
0-100 km/h: Não fizemos esse teste
Velocidade máxima: andamos com o veículo na velocidade máxima permitida
Consumo cidade: 12,8 km/l (g)
Consumo estrada: 18,3 km/l (g)
Emissão de CO²: 98 g/km
Nota do Inmetro: A
Classificação na categoria: A (Médio)
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