FIA WEC – Em 2020 os LMP1 serão os veículos elétricos muito mais velozes.
Segundo o diretor técnico da Toyota, os regulamentos técnicos de 2020 irão fazer com que os protótipos LMP1 sejam os carros ‘elétricos’ mais rápidos da sua era. Sabe-se que a equipe oficial da marca nipônica tem estado por trás dos planos da FIA e do ACO para uma crescente ‘eletrificação’ do Campeonato Mundial de Endurance, sendo que tanto a Toyota como a Porsche foram determinantes para que as novas regras fossem por diante.
Pascal Vasselon explica o que está em jogo: “Precisamos de um certo nível de tecnologia, que vamos encontrar nos regulamentos de 2020, e estamos contentes com isso. Queremos baixar os custos o mais possível, por isso temos um equilíbrio difícil pela frente, tendo em conta o nível tecnológico e a redução de custos em todas as áreas, de modo a que ainda possamos ter boas corridas e uma boa montra tecnológica”. O diretor técnico da Gazoo Toyota Racing afirma que o desafio será interessante, “porque vamos mostrar provavelmente os carros ‘elétricos’ mais rápidos do momento”. Nas suas afirmações o engenheiro francês terá em linha de conta a Fórmula E, cuja velocidade de ponta está limitada devido à longevidade necessária para completar uma corrida com apenas uma bateria, como sucederá a partir de 2017/2018.
O conceito do FIA WEC será diferente, com apenas um quilômetro a ser cumprido com zero emissões, que será feito certamente em ‘pit-stops’, apesar dos parâmetros ainda não terem sido definidos. Vasselon diz que serão velocidades “competitivas” equivalentes aos dos LMP2, com uma extensão elétrica. ”De momento vamos usar os motores por alguns segundos, mas fala-se de cerca de 20 segundos. Será um desafio interessante e o nosso ‘staff’ da divisão híbrida está contente com isso. Para eles vai fazer disparar muitos desenvolvimentos que serão todos relevantes para a indústria”, garante Vasselon, que não entra em mais detalhes, porque não estão totalmente definidos.
“Vamos usar diferentes sistemas para ser possível fazer o mais rápido possível o ‘quilómetro com emissões zero’, com o melhor compromisso para o resto do turno”, salienta ainda Pascal Vasselon, para quem um sistema rápido ‘plug-in’ não levará necessariamente a paragens nas boxes mais longas. “Estamos a falar de segundos. Teremos de definir procedimentos de segurança, mas estaremos a falar de segundos e não de minutos. Cinco ou seis segundos para a conexão, por isso uma carga rápida. Como não estamos a falar de combustível teremos uma série de peritos que vão definir o que terá de ser feito em termos de segurança”, conclui o diretor técnico da Toyota.