Fórmula 1 – Novo motor da categoria será mais emocionante e acessível do que os atuais.
Ross Brawn é de opinião que o futuro motor dos Fórmula 1 deverá manter tecnologia híbrida, ainda que tenha algumas ideias para a futura utilização desse ‘extra’. Hoje em dia já é perfeitamente por todos que as unidades motrizes que nasceram em 2014 são demasiado complexas e embora todos soubessem do risco que existia ao avançar para esse tipo de tecnologia, o fato de pretenderem que a Fórmula 1 se mantivesse como o pináculo do automobilismo, também nas motorizações híbridas levou a uma situação que ninguém queria que sucedesse. A Mercedes trabalhou melhor e praticamente durante três anos assistiu-se a uma F1 quase totalmente ‘dominada’ pelos motores, contando-se pelos dedos em três anos as vitórias que não foram conseguidas pela motorização alemã. Até os próprios responsáveis da Mercedes já perceberam que a partir de um determinado ponto isso é contraproducente, mas felizmente que este ano a Ferrari evoluiu a sua unidade motriz para níveis já não tão distantes da Mercedes e tem conseguido dar boa luta. Contudo, cientes dos problemas desta situação está em estudo que tipo de motores a F1 vai ter depois de 2020 e Ross Brawn dá umas pistas:
“Estamos conversando com os diversos fabricantes de motores e fabricantes de automóveis bem como algumas empresas de engenharia, como a Cosworth e a Ilmor, porque são fabricantes de motores de corrida puros e como se pode calcular há uma grande discussão em curso. A tecnologia híbrida provavelmente será mantida porque tem relevância, ajuda à vinda dos fabricantes, mas penso que podemos dar-lhe um novo tipo de utilização, por exemplo tática, permitindo que os pilotos sejam mais capazes de usar a potência da bateria e a natureza híbrida dos carros para tentar obter uma vantagem tática nas corridas. Dou um exemplo que não é muito conhecido. Na corrida do Azerbaijão, Valtteri Bottas ultrapassou Lance Stroll em cima da meta porque economizou bateria e usou a energia precisamente naquele ponto da pista, e eu chamo a isso um uso tático. Julgo também que todos nós deveríamos saber disso na transmissão da TV, deveria ter sido algo que estaríamos a mostrar. Penso que a componente híbrida pode proporcionar algum interesse”, disse Brawn que recusa o regresso dos motores normalmente aspirados muito rotativos, preferindo claramente equilíbrio de relevância tecnológica, mas ainda assim capaz assegurar a paixão dos adeptos: “Penso que o novo motor não voltará a ser um V12 normalmente aspirado, mas será certamente mais emocionante e também acessível do que os atuais”, concluiu.