Fórmula 1 – Mercedes, Ferrari e Renault em ‘guerra’ com a Red Bull.
Os quatro construtores de unidades motrizes da Fórmula 1 irão se reunir amanhã com a FIA para tentar alterar as regras de motores de 2016. De acordo com as regras atuais, teriam de homologar os motores até 28 de fevereiro e não podiam mexer mais até ao final do ano.
Contudo, os quatro construtores não querem que seja assim, pretendem que seja semelhante a este ano. Pretendem homologar um motor de base e ficar com 32 tokens para gastar durante o ano de 2016, (este ano tiveram 44 mas foi excepcional). Depois, gastariam os que podiam até ao início do campeonato e ficariam com o resto para gastar durante o ano, tal como sucedeu; e está a acontecer, pois a Ferrari ainda não os gastou a todos.
A Ferrari ainda tem tokens para gastar mas um problema complicado para resolver. Os seus dois pilotos já têm quatro motores, e se tiverem que utilizar um motor de evolução vão ter que penalizar, e com Sebastian Vettel na luta pelo segundo lugar do campeonato, não querem penalizá-lo.
Por isso é provável que a partir do GP dos EUA, Kimi Raikkonen tenha um motor mais evoluído que Vettel, e se der bom resultado – como a Scuderia espera que dê – se Vettel na última corrida já estiver fora da luta, trocam o motor ao alemão também, porque este novo motor é a base da unidade motriz do ano que vem e a equipa ganha experiência com isso. Sabe-se que é um motor mais estreito que permite melhorar a aerodinâmica, e mais potente.
Só que não são os Construtores que decidem, é preciso o apoio unânime das equipas e a Red Bull está a utilizar isto para fazer pressão. Basicamente, diz que ou lhes dão motores de 2016 com as evoluções todas ou veta a regra. Só que esta questão tem também o reverso da medalha, pois a Mercedes, Ferrari e Renault podem dizer à Red Bull, que se veta a regra, não têm motores deles em 2016.