Alfa Romeo vai ter de esperar Jeep bombar para só então chegar ao Brasil.
Nos últimos quatro ou cinco anos, temporada após temporada, é recorrente a dúvida sobre a volta da Alfa Romeo a mercados como Brasil, onde sempre manteve uma tradição quase mítica, e aos Estados Unidos, onde fracassou junto com a matriz Fiat, para usar o português de forma clara.
Agora, com o grupo italiano controlando — e bem — a gigante americana Chrysler e refazendo sua estratégia, a pergunta volta a fazer sentido. Assim, UOL Carrosquestionou o presidente global da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Sergio Marchionne, que confirmou o retorno, com uma ressalva importante: ainda vai levar um certo tempo.
“[A Alfa Romeo] vai chegar ao Brasil. Quando? Primeiro precisamos estabelecê-la aqui nos Estados Unidos”, respondeu o executivo.
Este processo de relançar a marca premium italiana nos EUA foi iniciado na segunda-feira (12), aqui no Salão de Detroit, com a apresentação mundial do esportivo de dois lugares Alfa Romeo 4C, em configuração cupê e spider (conversível) com chassis de fibra de carbono, motor 1.7 turbinado de 240 cv, câmbio de dupla embreagem e seis marchas e 0-100 km/h em 4,1 segundos.
A importação aos EUA começa em agosto (conversível); o cupê já é vendido por aqui desde 2014.
Antes, em maio ou junho, a Alfa Romeo importa um sedã a ser definido para brigar com BMW e Mercedes-Benz. Depois, serão lançados outros seis modelos no país, num total de oito carros até 2018. A meta é quadruplicar as vendas globais da marca.
Para isso, porém, a Alfa precisa definir um ponto local de produção, que poderia ser dentro dos EUA ou mesmo no México — neste caso, com a vantagem de facilitar a expansão de vendas para América Latina e Brasil.
Ou seja: o Brasil terá de esperar três ou quatro anos até ter os primeiros sinais de retorno da marca. É o prazo para o restabelecimento nos EUA.
“O caminho de volta é longo por conta de mudanças drásticas no mercado e de novas exigências técnicas que precisam ser cumpridas pela Alfa Romeo”, justificou Marchionne. “Estávamos trabalhando nisso há alguns anos e os passos que damos agora são um bom começo. Não podemos desapontar nosso fãs”, concluiu o chefão da FCA