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Jeep Cherokee é novidade da Chrysler para o Brasil.

É significativo observar o estande da mega-estande da Chrysler e suas marcas agregadas no Cobo Center, durante o Salão de Detroit 2014. As principais estrelas no espaço da gigante norte-americana têm origem europeia, frutos maduros da fusão com a italiana Fiat, negócio que deve ser sacramentado no próximo dia 20, segundo fontes. Para o mercado local, estreia a nova geração do sedã Chrysler 200, agora um Dart de luxo (o Dodge Dart, por sua vez, é um Alfa Romeo Giulietta com nome de muscle car…). Já o Brasil terá a nova, e esquisita, geração do Jeep Cherokee, que pode até vir a ser nacional.

Poucos procuravam pelo novo Cherokee durante o primeiro dia de imprensa do evento em Detroit, apesar dele também ser uma (quase) novidade local. Apesar de ter sido apresentado ao público americano em março do ano passado, no Salão de Nova York — há quase um ano, portanto –, problemas de produção do modelo e, depois, do novíssimo câmbio automático de nove marchas da alemã ZF atrasaram a chegada definitiva do SUV.

O visual bicudo da dianteira do Cherokee, com forte influência de designers europeus, lembra um ave de rapina e deve facilitar a ação off-road proporcionando bom ângulo de ataque (há tração 4×4 integral), mas choca num primeiro instante com seus conjuntos ópticos divididos (qual deles é o farol, qual faz a função de luz de posição, onde está a luz e neblina?) e a dobra nos tradicionais oito elementos que formam a grade frontal de um Jeep. A traseira, mais urbana, pode até se passar por uma de modelos da alemã Audi ou das coreanas Hyundai e Kia, o que é sempre bom no atual momento.

A cabine, porém, encanta com bom acabamento, muito espaço e alta dose de tecnologia. O painel de instrumentos é grande e com ótima disposição das informações. No console, tela de 7 polegadas traz a central multimídia UConnect já conhecida do Dodge Journey (ou do Fiat Freemont). O carro deve fazer uma presença, de qualquer forma, em seus primeiros momentos em nossos asfaltos e trilhas.

O trem-de-força também é quase sempre europeu: além do já citado câmbio de nove marchas, onipresente, há o motor de entrada de 2,4 litros, turbinado, a gasolina, conhecido como Tigershark, mas que na verdade é um Fiat Multiair 2 de 185 cavalos (também usado no novo Chrysler 200). Versões mais completas podem vir com o Pentastar V6 de 3,2 litros e 270 cavalos.

NOVA FASE, NOVOS PLANOS

O diretor de vendas e marketing e principal representante da Chrysler do Brasil, Luiz Tambor, fez questão de afirmar que 2014 é o ano da virada do grupo americano para nosso país: apesar de descartar a chegada de um Chrysler, incluindo o novo 200, confia num ano forte para a marca Jeep, sobretudo.

“Estamos confiantes com a confirmação da fusão com a Fiat. Ainda é difícil marcar a Chrysler no Brasil como o que ela realmente, uma marca premium, mas podemos dizer que este será o ano da marca Jeep no país, com lançamentos e boas surpresas pela frente”, afirmou Tambor.

Agora, no final de janeiro, a marca lança o novo Jeep Grand Cherokee 2014 com visual modificado, equipamentos revistos e um quê de modelo europeu (a mira, ou melhor dizendo, a inspiração vem dos alemães da Audi). Os preços variam de R$ 185.900 (Laredo) a R$ 214.900 (Limited), sempre com motor Pentastar V6 de 3,6 litros e 286 cv, além do câmbio automático de oito marchas.

Depois, entre junho e julho, escapando para o começo do segundo semestre, mas longe do Salão de São Paulo (em outubro), será a vez da chegada do novo Jeep Cherokee, com preços ainda não confirmados, mas beirando os R$ 150 mil.

 

A marca espera ainda fazer poder fazer importante anúncio até a Copa do Mundo e, no decorrer do ano, volta a refletir com energia sobre a possibilidade de erguer uma fábrica no país ou, mais viável, participar da nova fábrica da Fiat em Pernambuco.

 

De acordo com Tambor, o interesse é grande, a decisão será tomada em conjunto com os italianos/mineiros e a meta é ter tudo acertado até 2016. Se vingar a ideia, a Jeep é a marca da linha de frente e o modelo a ser feito pode muito bem ser o Cherokee. Então, acostume-se com a cara dele.

 

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